Tecnologia

E-commerce já tem 600 empresas no Brasil, mostra mapeamento inédito

Crescimento das vendas pela internet impulsiona a criação de novos negócios que oferecem diferentes serviços para o varejo online

Centro de distribuição do Magazine Luiza: a pandemia levou a um crescimento recorde das vendas pela internet no Brasil (Germano Lüders/Exame)

Centro de distribuição do Magazine Luiza: a pandemia levou a um crescimento recorde das vendas pela internet no Brasil (Germano Lüders/Exame)

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Filipe Serrano

Publicado em 13 de janeiro de 2021 às 07h00.

Última atualização em 13 de janeiro de 2021 às 10h26.

O mercado de comércio eletrônico brasileiro já é atendido por quase 600 startups e empresas, que oferecem os mais diversos serviços em diferentes áreas de atuação. O dado faz parte do estudo Scape Report E-commerce 2020/2021, produzido pela Pipeline Capital, consultoria especializada em operações de fusão e aquisição e captação de investimentos no setor de tecnologia, e obtido com exclusividade pela EXAME.

O estudo traz um mapeamento inédito das principais empresas que atuam no comércio eletrônico no Brasil, em diferentes áreas. São ao todo 598 empresas identificadas em nove categorias.

A maior delas é a categoria de marketing e vendas, com 168 empresas (28% do total) – incluindo desde agências de marketing digital e plataformas de gestão de clientes (CRM) a serviços online de comparação de preços e empresas que oferecem programas de fidelidade.

Também foram mapeadas no estudo empresas das áreas de implementação e plataformas de e-commerce, meios de pagamento, marketplaces, gestão das operações, logística, atendimento a clientes, segurança e suporte.

O crescimento das vendas pela internet no país tem impulsionado o surgimento de um número crescente de empresas para oferecer diferentes serviços para varejistas que apostam cada vez mais no canal digital.

No primeiro trimestre de 2020, as vendas pela internet tiveram crescimento recorde e movimentaram 38,8 bilhões de reais, um volume 47% maior do que no mesmo período de 2019. Os dados são da consultoria Ebit Nielsen. O número de pedidos cresceu 39%, somando 90,8 milhões de transações.

O crescimento foi puxado, naturalmente, pelo fechamento do comércio de rua na fase mais aguda da quarentena durante a pandemia do novo coronavírus. Como alternativa, as pessoas passaram a fazer mais compras pela internet. Mas a digitalização das vendas tende a continuar.

“O e-commerce brasileiro passa hoje pela sua maior diversificação desde as primeiras operações em meados dos anos 1990, como o estudo Scape Report de E-commerce deixa claro”, diz Pyr Marcondes, sócio da consultoria.

Segundo ele, existe hoje uma pulverização dos serviços relacionados ao e-commerce e também uma alta demanda por inovação constante nos modelos de negócios das empresas que atuam no setor.

“Para 2021, todas essas tendências devem se aprofundar. Veremos nascer novos subsetores, novas plataformas internacionais vão desembarcar no Brasil e algumas novas serão criadas aqui mesmo. Deverá ser um dos setores mais promissores e pujantes da economia do país”, afirma Marcondes.

O estudo está disponível para download no site da consultoria.

Veja também: "Examinando: empreendedores das redes sociais"

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