Tecnologia

Duas empresas de Israel hackearam o sistema dos iPhones

Uma rival da NSO Group, empresa que espionava os aparelho da Apple por uma falha de segurança, também se valeu do recurso para vender ferramentas de invasão

iPhone 13 Pro e iPhone 13 (Thiago Lavado/Exame)

iPhone 13 Pro e iPhone 13 (Thiago Lavado/Exame)

Uma falha no software da Apple explorada pela empresa israelense de espionagem NSO Group para invadir iPhones em 2021 foi simultaneamente aproveitada por uma companhia concorrente, segundo cinco pessoas familiarizadas com o assunto.

A QuaDream, disseram as fontes, é uma empresa israelense que também desenvolve ferramentas de invasão de smartphones.

As duas rivais conseguiram a mesma capacidade no ano passado de invadir remotamente iPhones, de acordo com as cinco fontes, o que significa que ambas podem comprometer telefones da Apple sem que os usuários precisem clicar em algum link, recurso conhecido como “zero-click".

Analistas acreditam que as capacidades da NSO e da QuaDream eram semelhantes porque aproveitaram muitas das mesmas vulnerabilidades escondidas na plataforma de mensagens instantâneas da Apple e usaram uma abordagem comparável para implantar software de invasão em dispositivos de seus alvos, de acordo com três das fontes.

Um porta-voz da Apple se recusou a comentar sobre a QuaDream ou dizer se há alguma ação que a companhia planeja tomar em relação à empresa.

As empresas de espionagem há muito argumentam que vendem tecnologia para ajudar os governos a frustrar ameaças à segurança nacional. Mas grupos de direitos humanos e jornalistas documentaram repetidamente o uso de seus produtos para atacar a sociedade civil, minar a oposição política e interferir em eleições.

Em novembro, a NSO foi colocada em uma lista negra comercial do Departamento de Comércio dos EUA após as denúncias.

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