ByteDance, dona do TikTok: nova a aquisição em saúde faz coro com a de outras big techs (Anadolu Agency / Colaborador/Getty Images)
A ByteDance, empresa controladora do TikTok, está expandido seu portfólio de investimentos com a aquisição de uma das principais redes de hospitais da China, a Amcare Healthcare, pelo valor de 1,5 bilhões de dólares (7,7 bilhões de reais).
Mas, ainda que surpreenda uma empresa de mídia social investir na saúde, essa é uma seara que a ByteDance tem bastante expertise.
Segundo dados das empresas públicas e privadas da China, duas subsidiárias da ByteDance já possuem uma participação combinada de 100% na rede de hospitais daquele país.
A big tech também conta com o seu próprio app de saúde, Xiaohe, voltado para consultas online, hospitalares e serviços de bem-estar, e faz frente na competição com outras gigantes como a Alibaba, que gerencia a Health Information Technology Ltd. e Ping An Healthcare and Technology.
A dona do TikTok também investiu em uma startup de biotecnologia especializada na descoberta de novos medicamentos, Shuimu BioSciences e na empresa que realiza síntese de DNA, Songuo Medical.
Por de trás de toda essa diversificação está o fato de que ByteDance integra a lista de companhias perseguidas pelo governo comunista da China.
Para Pequim, redes sociais são causadoras de problemas sociais de comportamento e ocidentalização cultural. Por isso, o governo tem operado uma série de novas regulamentações para o setor, visando conter a “expansão desordenada de capital”.
Informações levantadas pela Bloomberg, baseadas em uma pesquisa de mercado da norte-americana Frost & Sullivan, a ByteDance pode aproveitar um bom momento com o espalhamento do seu capital.
O mercado de telemedicina da China deve atingir 198 bilhões de yuans (150,2 bilhões de reais) até 2025, bem acima dos 22 bilhões de yuans (16,7 bilhões de reais) em 2020, que já vinham em alta por conta da pandemia.
Atualmente os investimentos da ByteDance abrangem setores que incluem o metaverso, educação, robôs de limpeza até café, porém a empresa reduziu seus investimentos após o aumento da pressão das autoridades sob os negócios das empresas de tecnologia chinesas.