O documentário terá entrevistas com nomes como Lee Felsenstein, membro fundador do Homebrew Computer Club, e Daniel Kottke, que viajou para a Índia com Jobs e virou um dos primeiros empregados da Apple (Mario Tama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 17h01.
Los Angeles - O co-fundador da Apple, Steve Jobs, aclamado como um dos maiores visionários da tecnologia de sua geração, experimentou drogas ilícitas em sua juventude e alienou colegas mas exigia respeito universal, de acordo com entrevistas conduzidas pelo FBI durante os anos 90.
Uma série de entrevistas com amigos e associados -cujos nomes foram editados pelo órgão- retratam uma imagem conhecida de um visionário da tecnologia que intimidava associados e insistia em fazer as coisas à sua maneira, mas cuja determinação e visão inspirava admiração.
O FBI começou a questionar Jobs e associados enquanto o então presidente-executivo da Next começou a ser considerado um candidato a nomeações presidenciais.
O próprio Jobs admitiu em uma entrevista em 1991, dias antes de seu casamento, que ele havia experimentado haxixe e LSD em sua juventude.
De acordo com o FBI, outros entrevistados colocaram em questão a integridade pessoal de Jobs e disseram que era difícil trabalhar com ele -nenhuma surpresa para aqueles que conhecem a história de vida de Jobs, um indivíduo intensamente recluso.
Ainda assim, a maioria dos entrevistados admitiu que Jobs era adequado ao governo.
"Vários indivíduos questionaram a honestidade de Jobs, dizendo que ele distorce a verdade e a realidade com o objetivo de atingir suas metas", escreveu o FBI em um resumo.
Jobs morreu em outubro após uma batalha, que durou anos, contra o câncer. Ele foi reconhecido por sua influência enorme nas indústrias da mídia, música e tecnologia por meio de inovações como o iPod e o iPhone, da Apple.