NSA (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2014 às 07h43.
A China e "provavelmente um ou dois" outros países têm capacidade para invadir sistemas de usinas elétricas, torres de aviação e empresas financeiras americanas, afirmou o diretor da NSA almirante Mike Rogers, na quinta-feira (20).
Em um depoimento no comitê de inteligência de crimes virtuais da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Rogers afirmou que os hackers já conseguiram invadir esses sistemas e realizar missões de reconhecimento, para entender como eles funcionam.
"O que nos preocupa é que esses acessos e essa capacidade pode ser usada por estados-nação, grupos ou indivíduos para nos prejudicar", afirmou.
Rogers disse que a China é um dos países que teriam essa competência, mas que existem outros.
"Provavelmente, existem um ou dois outros países", disse, recusando-se a dar mais informações.
O porta-voz do ministério de relações exteriores da China Hong Lei afirmou que o governo chinês proíbe ataques digitais e que é vitima constante de invasões originadas dos Estados Unidos.
"O governo chinês reprime com rigor essas atividades. Essa realidade é irrefutável", afirmou Hong nesta sexta-feira (21).
Rogers depôs dois dias após o senado americano vetar uma lei que impunha restrições à atuação da NSA ao gravar telefonemas dos cidadãos americanos.
O almirante afirmou que as empresas telefônicas continuam a enviar as gravações para a NSA, mas sob regras mais rígidas do que na época que Edward Snowden denunciou as práticas da agência americana.