Tecnologia

Deputado usa Twitter em reunião fechada e revolta colegas

Capitão Assumção (PSB-ES) ainda tentou filmar a discussão com um celular, mas foi repreendido pelo presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP)

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 11h59.

São Paulo - O uso do Twitter por um deputado federal durante uma reunião de líderes da Câmara dos Deputados causou polêmica nesta terça-feira (25). O encontro discutia, entre outros assuntos a votação da PEC 300, que fixa salário de policiais militares e bombeiros. Embora a reunião fosse fechada, o parlamentar Capitão Assumção (PSB-ES) estava tuitando tudo o que era debatido.

O deputado ainda tentou filmar a discussão com um celular, mas foi repreendido pelo presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), que bateu boca com Assumção ao final da reunião. O parlamentar do PSB não é líder do partido, mas entrou na reunião para defender a votação da PEC 300. Durante quase duas horas ele postou mensagens sobre as conversas no Twitter.

"Acabei de ser admoestado pelo presidente michel temer para não gravar a reunião de líderes", escreveu logo no início. "não poder filmar é o cúmulo do absurdo". Ao longo da reunião, ele prosseguiu com tweets como "dep vanessa graziotin como líder do pc do b se manifestou contra a votação da PEC 300" e "vaccarezza diz que lula já dá a bolsa formação. é de rir". "o resumo da opera é que o governo está tentando sepultar a PEC 300", publicou em certo momento.

Segundo a assessoria de imprensa de Temer, vários parlamentares se sentiram incomodados com o fato de Assumção tuitar de dentro da reunião. Além de Vanessa Grazziotin (PCdoB-SC) e Cândido Vaccarezza (PT-SP), João Almeida (PSDB-BA) e Fernando Ferro (PT-PE) também teriam feito reclamações diretamente ao capixaba.

A assessoria do presidente da Câmara negou, entretanto, que a reunião tenha sido encerrada por conta da polêmica, como alguns sites chegaram a divulgar. "O debate já estava encerrado. Foi no discurso de encerramento que Temer repudiou a atitude de Assumção", disse um assessor.

A reportagem do site EXAME tentou entrar em contato com Assumção, mas o deputado não atendeu às ligações feitas para seu celular. Ao jornal Folha de S.Paulo, ele disse não ter medo de um processo por quebra de decoro. "Passei 25 anos da minha vida na ruas, sou capitão da PM. Vou me preocupar com isso? É uma forma democrática de expressar meu pensamento e defender minha categoria", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:CelularesEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetIndústria eletroeletrônicaInternetOposição políticaPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPSDBPT – Partido dos TrabalhadoresRedes sociaisTwitter

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble