Startup de Elon Musk promete ajudar pessoas que sofrem com paralisia cerebral
Redação Exame
Publicado em 26 de março de 2024 às 09h42.
O deputado democrata Earl Blumenauer questionou a Food and Drug Administration (FDA, órgão que regula alimentos e medicamentos nos EUA) sobre o motivo dela não ter inspecionado a Neuralink, de Elon Musk, antes da permissão de implantar e testar chips em seres humanos.
A Reuters informou no mês passado que os inspetores da FDA encontraram problemas com a manutenção de registros e controles de qualidade para experimentos com animais na Neuralink em junho passado, menos de um mês depois que a startup recebeu a autorização para testar seus implantes cerebrais em humanos.
A Neuralink, que primeiro testou seu dispositivo em macacos e outros animais, agora está testando o dispositivo em humanos. A empresa fabrica um chip cerebral que permite que pacientes paralisados controlem um computador usando apenas seus pensamentos. A empresa recentemente mostrou um vídeo com seu primeiro paciente jogando xadrez no computador e movendo peças com a mente.
Em uma carta à FDA na segunda-feira, Blumenauer disse que estava preocupado com o fato de a agência ter ignorado "evidências preocupantes" de violações de testes em animais que haviam sido levantadas desde pelo menos 2019.
Blumenauer também citou relatórios da Reuters desde o final de 2022 que descreviam as reclamações dos funcionários sobre experimentos com animais, cronograma apressado, causando sofrimento e mortes desnecessárias.
"Essas supostas falhas em seguir os procedimentos operacionais padrão potencialmente colocaram em risco o bem-estar dos animais e comprometeram a coleta de dados para testes em humanos", escreveu Blumenauer, que faz parte do subcomitê de saúde da Câmara de Deputados.
A FDA disse que responderia diretamente ao legislador. Quando inspecionou a Neuralink, a FDA disse que não encontrou violações que pudessem prejudicar a segurança do estudo. A Neuralink não respondeu aos questionamentos.