"Não há ninguém responsabilizando Mark Zuckerberg, além dele mesmo", disse Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook, em depoimento ao Congresso dos Estados Unidos (Captura de tela/Exame)
Ainda que o projeto do Meta para o futuro seja a criação de um mundo virtual, o Metaverso, no presente, os problemas da empresa ainda estão nesta realidade.
A antiga funcionária do Meta Frances Haugen, que denunciou a companhia de Mark Zuckerberg por colocar seus interesses econômicos à frente da segurança dos usuários, e mesmo da saúde de democracias inteiras, apresentará as suas revelações ao Parlamento Europeu (PE) na segunda-feira, 8.
A fala de Haugen coincide com a negociação de duas leis em Bruxelas que visam limitar o poder de mercado de grandes empresas tecnológicas e exigir que estas tenham mais controle sobre os conteúdos ilegais que aparecem nas suas plataformas.
Com o novo pacote de regras, o bloco obrigará as plataformas de mídia digital a fornecerem informações às autoridades sobre a forma como funcionam os algoritmos que regulam os conteúdos que cada usuário vê, e estas terão de se submeter a auditorias independentes que analisarão, por exemplo, a forma como removem informações ilegais.
Espera-se que os países da UE adotem o regramento em 25 de novembro, o qual, em última análise, permite também que a Comissão Europeia quebre a operação das empresas se estas quebrarem as regras antitruste.
Os parlamentares ainda estão negociando sobre questões mais delicadas do ponto de vista de funcionamento das empresas, como a proibição de publicidade personalizada — o principal negócio do Facebook — ou os critérios para determinar a que tipo especifico de empresas se aplicarão as leis.
Até lá, o Meta ainda tem muita coisa pra viver neste mundo.