Eleições americanas: a falta de segurança foi logo reparada, indicou um comunicado (reprodução/Reuters)
AFP
Publicado em 19 de junho de 2017 às 16h19.
Dados pessoais detalhados de 198 milhões de eleitores americanos foram expostos na internet por um servidor do Partido Republicano e da campanha de Donald Trump, revelou nesta segunda-feira uma companhia de cibersegurança, embora não tenha informado sobre ato de pirataria.
A empresa UpGuard informou que um de seus analistas descobriu em um servidor não protegido os dados que incluíam a data de nascimento, o domicílio, o número de telefone e informações como a provável etnia e a orientação política.
A firma prestadora de serviço, Deep Root Analytics, reconheceu que as informações ficaram livremente acessíveis durante um tempo, mas afirmou que não foram vistas por ninguém além do analista da UpGuard.
A falta de segurança foi logo reparada, indicou um comunicado.
"Assumimos nossa responsabilidade, continuamos com nossa investigação e, segundo a nossa informação, não acreditamos que nosso sistema havia sido pirateado", declarou Deep Root Analytics.
Este tipo de mega-arquivo é, segundo a UpGuard, muito apreciado pelos partidos políticos americanos.
Os partidos Democrata e Republicano trabalham com companhias especializadas que recolhem dados públicos, como domicílios e participação nas eleições, e os relacionam a dados privados, recolhidos por seus próprios meios ou pela compra de bases de dados.
Assim, eles conseguem ter um retrato político de praticamente todos os eleitores do país, a fim de ter uma imagem mais precisa sobre eles.