Participantes do Enem dos anos de 2007, 2008 e 2009 tiveram dados expostos
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2011 às 18h49.
São Paulo - Dados pessoais de quase 12 milhões de estudantes que se inscreveram nas últimas três edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entre 2007 e 2009, ficaram expostos livremente no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) até o fim da tarde de terça-feira (3). Entre as informações disponíveis estavam nome completo, RG, CPF, data de nascimento, nome da mãe e até notas dos participantes.
Todos os dados ficam dispostos em um banco de dados do Inep, que deveria ser acessível apenas a instituições de ensino superior que poderiam utilizá-los em seus processos seletivos. O vazamento dos dados foi apontado pelo jornal O Estado de S.Paulo, que foi avisado por técnicos de uma escola de 1º e 2º graus da Grande São Paulo, que pediram anonimato. Segundo esses funcionários informaram à publicação, os links com os dados que deveriam ser sigilosos já estavam no ar há cerca de quatro meses.
As páginas foram retiradas do ar às 17 horas, depois que o jornal avisou o Ministério da Educação (MEC). Em uma nota divulgada na manhã desta quarta-feira (4), o ministério confirmou o vazamento das informações, e disse que "causas e responsabilidades sobre o ocorrido" estão sendo apuradas pela direção do Inep.
"As informações sobre os inscritos, dispostas em banco de dados do Inep, eram armazenadas em área reservada da página eletrônica do instituto, com endereço específico, e liberadas para as instituições de educação superior que as pedissem para utilização em seus processos seletivos. As instituições comprometiam-se a não divulgar os dados e teriam acesso a eles por meio de usuário e senha.", afirma o comunicado.
No ano passado, a aplicação do Enem teve de ser adiada após o vazamento da primeira versão da prova. Cerca de 4 milhões de pessoas estavam inscritas para o exame, na ocasião.
Leia outras notícias sobre Educação ou sobre privacidade
Siga as últimas notícias de Tecnologia no Twitter