cyanogen (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 11h04.
Apesar de já conseguir caminhar quase sozinho no mercado de sistemas operacionais móveis, o CyanogenMod ainda depende, de certa forma, do Google. Mas essa ligação com a empresa, que desenvolve o SO no qual a plataforma é baseada, deve acabar em breve ou ao menos é isso que pretende o CEO da Cyanogen, Kirt McMaster.
Estamos tentando levar o Android para longe do Google, disse o executivo em um debate sobre o futuro do sistema, organizado na última semana pelo site The Information.
Segundo McMaster, o sistema que vem junto com os smartphones hoje não tem todos os recursos acessíveis por terceiros. Essas limitações fazem com que aplicações como o Google Now, que se integram completamente à plataforma, não existam.
A ideia da Cyanogen, portanto, é criar uma versão do Android para os dispositivos móveis que seja aberta até o núcleo, segundo o Android Authority. Dessa forma, empresas como o Yahoo! (com seu Aviate) ou mesmo os desenvolvedores do Nova Launcher conseguiriam o mesmo grau de personalização que, atualmente, apenas a gigante dona do sistema tem direito.
O problema é que uma mudança brusca assim no SO afetaria diretamente a relação que os responsáveis pelo CyanogenMod têm hoje com o Google. A plataforma desenvolvida por eles ainda tem acesso à Play Store e a outros serviços disponíveis nela, como o Gmail e o Maps, que ficam de fora em outras variações do sistema, como a desenvolvida pela Amazon.
A empresa de Jeff Bezos conseguiu contornar essa desvantagem com loja e apps próprios, como um cliente de e-mail e um sistema de navegação. E é quase isso que a empresa de McMaster quer fazer mas com a ajuda de parceiros e até com suporte a outras lojas de aplicativos, que devem fazer companhia à do sistema, que deve sair em 18 meses.