Tecnologia

Custo da energia solar deve cair 45% até 2018

São Paulo - O custo da energia gerada a partir do sol deverá cair, aproximadamente, 45% até 2018, apontam estudos do Ministério de Minas e Energia (MME). De acordo...

energia solar (Reprodução)

energia solar (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.

São Paulo - O custo da energia gerada a partir do sol deverá cair, aproximadamente, 45% até 2018, apontam estudos do Ministério de Minas e Energia (MME). De acordo com o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do ministério, Jorge Paglioli Jobim, o custo que hoje estaria estimado em R$ 280 a R$ 300 por megawatt-hora (MWh) poderia cair para R$ 165/MWh dentro de cinco anos. Essa redução contribuiria para que a energia solar participasse de forma competitiva dos leilões de eletricidade dentro de alguns anos.

Na semana passada, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, revelou que o leilão de energia A-3, com entrega a partir de 2016, contará pela primeira vez com energia solar e proveniente de resíduos de lixo. Na oportunidade, Tolmasquim destacou que a inclusão tinha como objetivo principal ajudar a "mapear" a competitividade dessas fontes. Essa análise é explicada pelos atuais valores da energia solar, não competitivos com a eólica, por exemplo, cujos custos podem oscilar ao redor de R$ 100/MWh.

Jobim afirmou acreditar que o leilão previsto para outubro é mais um passo com o objetivo de consolidar a oferta de energia solar no Brasil. Sobretudo, uma indicação de que o País está interessado em estimular esse mercado. "O Brasil esperou o desenvolvimento dos equipamentos para a geração de energia eólica e deu chance para introduzir no Brasil uma cadeia de equipamentos em estado da arte", comparou, sugerindo que o mesmo poderia ocorrer agora com a energia solar.

"Pretendemos desenvolver a fabricação nacional a partir da abertura do mercado e a possibilidade de ingresso da fonte nos leilões", complementou ele, que participou nesta segunda-feira da abertura do 10.º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e ExpoEficiência (Cobee), organizado pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco).

O representante do ministério revelou que um grupo de investidores pediu ao MME a realização de leilões específicos para a geração de energia solar. O tema ainda está em análise. Ao mesmo tempo, o governo observa a oportunidade de atrair investidores com atuação nesse mercado e, dessa forma, assegurar a instalação no País de fábricas de equipamentos e sistemas voltados à geração de energia solar.

Assim como ocorreu no mercado de energia eólica, o desenvolvimento dessa atividade no Brasil acompanharia a evolução dos equipamentos em termos mundiais. "Os painéis fabricados no leste asiático possuem 20 anos de vida útil, mas estão durando apenas dois anos. O Brasil não quer se tornar um depósito de equipamentos de baixa eficiência", destacou. Hoje, a eficiência desses equipamentos é de aproximadamente 20%. "Ou seja, precisamos de uma área muito grande para gerar energia", complementou.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEnergia solarINFOInfraestrutura

Mais de Tecnologia

Bluesky testa recurso de trending topics e promete implementação gradual

Computadores quânticos estão mais perto de nossa realidade do que você imagina

Proibição do TikTok nos EUA pode deixar 'buraco' no setor de compras via redes sociais

Irã suspende bloqueio ao WhatsApp após 2 anos de restrições