Cuba (Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2015 às 12h37.
Cuba quer que seus cidadãos tenham acesso mais fácil e barato à internet. Para isso, a ilha ganhará 35 pontos de W-Fi espalhados em espaços públicos do país, fornecidos pela Empresa de Telecomunicaciones de Cuba (Etecsa).
Os pontos devem estar disponíveis até o mês que vem, e a iniciativa também cortará o preço que os cubanos pagam para acessar a internet ao meio, custando dois dólares a hora.
Ao jornal local Juventud Rebelde, o diretor de comunicação da Etecsa, Luis Manuel Díaz Naranjo, disse acreditar que isso aumentará o número de acessos entre a população cubana de forma eficaz, mas reconheceu que o preço ainda é alto para a maior parte dela já que, no país, os salários rondam os 25 dólares ao mês.
De acordo com o JR, a internet disponível nos novos 35 pontos terá velocidade de 1 MB por usuário o que entende-se como 1 MBPS. Além disso, provavelmente os usuários terão problemas de congestionamento no tráfego, já que a rede suportará apenas algo entre 50 e 100 conexões ao mesmo tempo.
Para o jornal The New York Times, isso pode ser uma frustração para os jovens da ilha, já que a maioria principalmente em Havana possui smartphones e não podem utilizá-los para ficarem conectados. O único hotspot da cidade fica na oficina do artista Kcho, que está sempre lotada.
Ted Henken, um professor da faculdade Baruch College que estudou meios de comunicação social e internet em Cuba, disse ao NYT que a decisão poderia marcar um "ponto de virada".
"O modelo deles era: 'Ninguém tem internet'", disse ele. "Agora seu modelo é: 'Nós iremos abaixar os preços e expandir o acesso, mas vamos fazê-lo como uma decisão soberana e no nosso próprio ritmo.
Fontes: The New York Times/Juventud Rebelde.