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Crise econômica torna os homens mais sarados no Facebook

Estudo mostra que a ideia é de auto-afirmação


	Homem sarado: a pesquisa concluiu que, desde a crise britânica, houve um aumento nas fotos de perfil que mostravam um corpo malhado nas redes sociais
 (ThinkStock)

Homem sarado: a pesquisa concluiu que, desde a crise britânica, houve um aumento nas fotos de perfil que mostravam um corpo malhado nas redes sociais (ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 15h45.

Um novo estudo da Universidade da East Anglia, no Reino Unido, concluiu que, quando as oportunidades econômicas diminuem em um país, os homens começam a malhar para se tornarem mais atraentes.

A lógica é a da auto-afirmacão. Se as coisas não vão bem, e é difícil ganhar muito dinheiro ou se destacar por meios "intelectuais", resta aos homens se matricular na academia para ganhar destaque.

A pesquisa concluiu que, desde a crise britânica, houve um aumento nas fotos de perfil que mostravam um corpo malhado nas redes sociais. Ou seja, a crise aumentou os saradões no Feice.

Os autores do estudo chamaram esse fenômeno de um aumento no "espornô" - mistura de esportes com pornografia, a definicão dessas imagens.

"Um dos aspectos mais interessantes da pesquisa é essa mudança de poder de um segmento da sociedade, que sempre se definiu por meio de sua mente, ao mesmo tempo em que definia aqueles que subordinava - as mulheres, os pobres e as camadas populares - por meio de seus corpos", concluiu o autor Jamie Hakim. Em outras palavras, pela primeira vez, as elites estão mais preocupadas com a aparência - exatamente a maneira como eram valorizados os setores menos favorecidos da sociedade (as mulheres, os gays e os mais pobres). Durante uma crise, o dinheiro não diferencia mais ninguém.

Uma pesquisa diferente mostrou que, no próprio Reino Unido, a venda de suplementos alimentares - aqueles usados para ganhar massa muscular - aumentaram em 40% nos últimos 2 anos, de acordo com balanços feitos nas 10 maiores redes de supermercado inglesas. O negócio está feio. Ou bonito. Ou mais bonito, pelo menos.

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