tesouro (afp.com)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 07h19.
Pessoas próximas a Cornelius Gurlitt, octogenário alemão suspeito de possuir obras de artes roubadas dos judeus durante o Terceiro Reich, lançaram uma página na Internet para divulgar sua coleção.
Os advogados e o porta-voz de Gurlitt, filho de um marchand com um passado obscuro durante o Terceiro Reich, querem "destacar sua vontade de diálogo com o público, mas também com os que eventualmente tenham direitos" sobre essas obras, disseram em um comunicado.
Disponível em alemão e em inglês, o site parece destinado a defender o octogenário das acusações sobre a duvidosa origem das obras, ao detalhar sua versão dos fatos.
Cornelius Gurlitt ficou famoso em novembro de 2013, quando a imprensa alemã anunciou a descoberta, em 2012, de mais de 1.400 obras de grandes mestres, como Picasso e Matisse, em seu apartamento de Munique (sul).
Outras 60 obras, como Monet e Renoir, foram descobertas recentemente em sua casa da Áustria.
Entre as 1.400 obras encontradas na residência de Gurlitt, há desenhos, gravuras e pinturas que podem ter sido roubadas, ou espoliadas de famílias judias, ou até apreendidas de museus, por fazerem parte do que os nazistas chamavam de "arte degenerada".