Tecnologia

Copa Robô: o desafio de criar máquinas que vençam jogadores

Evento mundial é uma competição para construir robôs que possam jogar futebol melhor do que seres humanos

O futebol autômato é jogado com robôs que refletem suas aptidões em seus preços, variam entre 3 mil e 12 mil euros (Getty Images)

O futebol autômato é jogado com robôs que refletem suas aptidões em seus preços, variam entre 3 mil e 12 mil euros (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 06h48.

Cidade do México - Um robô com a capacidade para vencer jogadores de futebol em campo ainda não foi criado, mas as grandes equipes do mundo têm meio século pela frente para economizar dinheiro e escalá-lo para o time.

"O objetivo da robótica é que em 2050 haja robôs humanoides que tenham as mesmas características de um ser humano", declarou à Agência Efe o chileno Pablo Guerrero, pesquisador da Universidad de Chile.

Estas máquinas, explicou Guerrero, deverão correr à mesma velocidade e ter mais ou menos o mesmo peso que um ser humano e serão "capazes de competir em igualdade de condições com o campeão mundial desse ano".

Como este pesquisador chileno, cuja equipe participa da "Liga Humanoide", outras 3,1 mil pessoas de 45 países competem em alguma das cinco categorias da Copa do Mundo de Robôs 2012, que aconteceu recentemente na Cidade do México.

O torneio é um museu atual de modelos robóticos que, em pequenos campos de futebol, se movimentam sob a coordenação de cientistas que, como manipuladores de fantoches, movimentam os fios e esperam que suas máquinas escolham o comando adequado.

Entre as cinco categorias da Copa Robô, as câmeras de fotos dos estudantes se voltam principalmente para a "Liga Humanoide", perante o assombro causado pelos robôs autônomos que apresentam uma fisionomia similar à dos humanos e são capazes de ficar de pé.

Guerrero, que se declara um apaixonado pelo futebol, disse que nesta competição gosta tanto de ver seus robôs jogarem como do fato de que respondam a seus comandos.

O futebol, comentou o cientista, é uma plataforma que permite medir todas as máquinas em uma mesma tarefa e desenvolver "habilidades que são desejáveis em um robô como a percepção dos objetos, o trabalho em equipe e a tomada de decisões", declarou.

Os cientistas estão no futebol porque é uma 'motivação' para estudantes e para os pesquisadores, assegurou Guerrero sobre este torneio, que atrai principalmente alunos de institutos tecnológicos do México.


O futebol autômato é jogado com robôs que refletem suas aptidões em seus preços, variam entre 3 mil e 12 mil euros, de acordo com a tecnologia de sensores que utilizam, detalhou o cientista chileno.

De longe, o futebol robótico e outros esportes parecem estar engatinhando, porque seus jogadores se movimentam a uma velocidade que comparada com a dos jogadores profissionais parece uma eternidade e, obviamente, carecem do encanto de estrelas como Messi e Cristiano Ronaldo.

Embora o vencedor da Copa do Mundo de Robôs 2012 tenha recebido como troféu um globo de cristal em um estojo da Louis Vuitton, os futuros campeões mundiais de 2050 não devem se preocupar enquanto seus pares robôs precisarem de um humano para recarregar bateria e pressionar o botão.

Acompanhe tudo sobre:EsportesFutebolRobôsSetor de esportes

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes