Tecnologia

Copa estimulou a formação de rede de médicos no WhatsApp

Um dos legados da Copa do Mundo para o Brasil é uma rede formada no WhatsApp com médicos especializados em acidentes com grande número de vítimas


	WhatsApp: "A grande vantagem do WhatsApp é que a informação chega muito mais rapidamente"
 (Saulo Pereira Guimarães/EXAME.com)

WhatsApp: "A grande vantagem do WhatsApp é que a informação chega muito mais rapidamente" (Saulo Pereira Guimarães/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 11h00.

São Paulo - Uma rede de médicos especializados em acidentes com grande número de vítimas é um dos legados da Copa para o Brasil. Conectada por Whatsapp, ela vai continuar no ar mesmo após o fim do torneio.

A nova rede é formada por dois grupos no Whatsapp. Um deles reúne 25 médicos que trabalharam na Copa e trocaram fotos e informações sobre o atendimento dos atletas e de torcedores nas imediações dos estádios.

No outro grupo, 48 especialistas ficaram de stand-by para prestarem auxílio em qualquer ocorrência de grande porte que ocorresse durante o evento - o que, felizmente, não aconteceu.

"O WhatsApp é uma ferramenta útil porque permitir que o médico esteja atualizado sobre o que acontece e troque experiência com colegas", afirmou o médico Gustavo Fraga em entrevista exclusiva para EXAME.com. 

Surgimento

Fraga é presidente da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT). De fevereiro a maio, a entidade promoveu um curso à distância sobre atendimento a vítimas após grandes tragédias envolvendo médicos de todas as cidades-sede (com exceção de Belo Horizonte e Cuiabá). 

O curso terminou dando origem aos grupos, formados apenas por profissionais filiados à SBAIT. "Depois do curso, médicos interessados no assunto criaram o grupo no WhatsApp para casos que exigissem grande mobilização", afirmou Fraga. 

Durante a Copa, a rede foi acionada em poucas ocasiões - como no último dia 3, quando um viaduto caiu em Belo Horizonte. Segundo Fraga, os membros dos grupos ficaram sabendo do acidente na hora e se prontificaram para ajudar com informações - o que não foi necessário devido ao número mínimo de acidentados.

Neymar

Outro momento de intensa troca de mensagens na rede foi durante o jogo entre Brasil e Colômbia, quando o jogador Neymar fraturou a coluna. 

Naquela ocasião, as discussões foram além da questão do atendimento - já que uma enfermeira do hospital que recebeu o atleta filmou sua chegada e compartilhou com um grupo de amigos no Whatsapp, o que terminou resultando na sua demissão.

"Nosso grupo é regido pelos mesmos princípios éticos que a nossa profissão e isso inclui o compromisso de não divulgar as informações que circulam por ali. Trauma também é doença e as pessoas precisam entender isso", afirma Fraga.

No próximo dia 30, integrantes da SBAIT vão se reunir para fazer um balanço sobre a nova iniciativa. Mas já está certo que ela será mantida daqui para frente. "Foi uma experiência muito boa. A grande vantagem do Whatsapp é que a informação chega muito mais rapidamente", afirmou Fraga.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoDoençasEsportesFutebolMédicosSaúdeWhatsApp

Mais de Tecnologia

Microsoft investe em créditos de carbono no Brasil

Apple está perto de conseguir um acordo para liberar as vendas do iPhone 16 na Indonésia

Musk, MrBeast ou Larry Ellison: quem vai levar o TikTok?

TikTok segue indisponível nas lojas de aplicativo dos EUA mesmo após liberação de Trump