Se você pensou que uma linguagem não poderia ser mais visual do que a Emojinal, você errou. Inspirada nas obras do pintor holandês (e um dos pioneiros no neoplasticismo)
Piet Mondrian, a Piet é utilizada para gerar códigos e programas que são, na verdade, bitmaps - guias binários utilizados pelo computador para compor imagens que, neste caso, se parecem com pinturas abstratas geométricas.Esta que você vê na imagem equivale a um "Hello World", por exemplo. A linguagem utiliza 20 cores distintas, e cada uma se comporta de uma forma particular - mais ou menos como as tags de uma linguagem mais tradicional.A unidade básica do Piet é um bloco de cor, formado por uma sequência de pixels (ou "codels") de uma mesma tonalidade. Aliás, os
codels mencionados são basicamente um aglomerado de pixels. Eles são utilizados nas representações maiores dos programas, visto que as aplicações normalmente são bitmaps muito pequenos.Caso você não tenha entendido nada desse Hello World da imagem, o criador do Piet, David Morgan-Mar, explicou como o código funciona
em sua página DangerMouse - e tentamos reproduzir com essas setas pretas. Segundo ele, a aplicação começa no
codel vermelho do canto superior esquerdo, e segue para a direita (como fazem todos os programas escritos na linguagem) até atingir a borda.De lá, ela desce, vira à esquerda e continua - sempre acompanhando a beirada do bitmap e as tonalidades das cores - até atingir o
codel azul escuro. De lá, o "program flow" sobe para a parte azul clara, depois para a direita até o outro
codel azul escuro e, enfim, desce e chega ao pequeno espaço verde escuro.A partir desse
codel, o destino é a parte amarela à esquerda. Ao chegar nela, o programa sobe e passa pelo bloquinho amarelo mostarda, que "abre" uma área cercada de blocos pretos. A cor preta é usada para, enfim, interromper o fluxo e encerrar o programa.