Tecnologia

Companhia australiana envia dados de clientes aos EUA

Segundo denúncia do jornal The Sydney Morning Herald, a Telstra envia há anos conversas, e-mails e dados de usuários ao governo americano


	Telstra: autoridades americanas exigiram a assinatura de um contrato no qual a companhia se comprometia a enviar o conteúdo das comunicações de seus usuários com os EUA
 (Wikimedia Commons)

Telstra: autoridades americanas exigiram a assinatura de um contrato no qual a companhia se comprometia a enviar o conteúdo das comunicações de seus usuários com os EUA (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 07h08.

Sydney - A empresa telefônica australiana Telstra envia há anos ao governo dos Estados Unidos conversas, e-mails e dados das comunicações mantidas por seus usuários com o território americano, informou nesta sexta-feira o jornal "The Sydney Morning Herald".

De acordo com a denúncia, essa medida foi iniciada em 2001, quando a Telstra decidiu expandir suas operações na Ásia e registrou a Reach, uma sociedade de joint venture com a empresa Pacific Centruy CyberWorks (PCCW), sediada em Hong Kong.

No momento em que a Reach solicitou uma licença nos Estados Unidos, as autoridades americanas exigiram a assinatura de um contrato no qual a companhia se comprometia a enviar o conteúdo das comunicações de seus usuários com os EUA, além dos dados da transmissão, dos recibos e informações do cliente, segundo o jornal citado.

Um porta-voz da Telstra, Scott Whiffin, confirmou a existência do contrato e apontou que a medida correspondia a um trâmite habitual em termos de operação dentro de uma jurisdição determinada, "aqui ou no exterior ".

O jornal "The Sydney Morning Herald" questiona até que grau o governo australiano coopera com a espionagem internacional realizada pelos EUA, denunciada pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, e quanto espiona por sua própria conta.

Acompanhe tudo sobre:AustráliaEspionagemEstados Unidos (EUA)Países ricosPrivacidadeTelecomunicações

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble