Zoom: aplicativo permite a realização de chamadas de vídeo entreduas ou mais pessoas (NurPhoto/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2020 às 05h55.
Um novo tipo de golpe está preocupando usuários que utilizam ferramentas virtuais como o Zoom para a realização de chamadas de vídeo. Invasores estão adentrando às reuniões alheias na tentativa de obter informações confidenciais ou apenas para atrapalharem as chamadas. A prática está sendo chamada de “Zoombombing”.
Em um caso recente, o vereador de São Paulo William de Lucca (PT) teve uma de suas reuniões virtuais invadidas. Na ocasião, os invasores teriam discutido com os participantes e enviado imagens relacionadas com pornografia infantil no chat da plataforma. Os criminosos se identificaram com membros de um fórum conhecido por promover discursos de ódio e ataques virtuais.
De acordo com Fabio Assolini, analista de segurança sênior da empresa de segurança virtual Kaspersky, alguns cuidados básicos podem evitar que este tipo de ataque se torne possível. São medidas simples e que vão desde a troca das senhas utilizados nos aplicativos até o uso de mecanismos de autenticação em dois fatores.
Assolini também recomenda que os usuários não compartilhem os códigos ID das reuniões em redes sociais ou com qualquer pessoa que não tenha sido convidada para o encontro virtual. Sem o código ID, se torna praticamente impossível para que a reunião seja invadida propositalmente por alguém.
Vale ainda tomar cuidado com aplicativos falsos que tentam se passar pelo Zoom. A dica é realizar download do programa apenas nas plataformas oficiais da companhia e em lojas de aplicativos para smartphones com iOS ou Android.
Neste ponto, Assolini também recomenda que os usuários deem preferência para a versão do serviço que é acoplada ao navegador web em vez de utilizar o aplicativo móvel do Zoom.
De acordo com um levantamento de empresa de segurança digital Fortinet, o Brasil registrou mais de 2,6 bilhões de tentativas de ataques virtuais durante o primeiro semestre deste ano. Isso representa 17,3% de todos as tentativas de ataque realizadas na América Latina e no Caribe.