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Como a Lenovo ajudou a Samsung e prejudicou a Apple

Com a compra da Motorola, Lenovo bagunçou o jogo de forças no mercado de smartphones


	Samsung e Apple: compra da Motorola pela Lenovo pode ter efeito opostos para as duas empresas
 (Dado Ruvic/Reuters)

Samsung e Apple: compra da Motorola pela Lenovo pode ter efeito opostos para as duas empresas (Dado Ruvic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 15h14.

São Paulo - A Lenovo sacudiu o mercado de smartphones com a compra da Motorola Mobility, a unidade de celulares da empresa, que pertencia ao Google. Fechado por cerca de 3 bilhões de dólares, o negócio pode terminar ajudando a Samsung e prejudicando a Apple.

Com uma fatia de 29% do mercado mundial de smartphones, a Samsung tem agora uma preocupação a menos. No período em que a Motorola pertencia ao Google, a fabricante sul-coreana tinha no criador do Android, sistema operacional do Google presente em seus aparelhos, um concorrente potencial.

Agora, a líder de vendas de smartphones vai poder fortalecer (sem medo) sua parceria com o Android, sistema operacional mais usado do mundo. Num possível sinal disso, a Samsung fechou uma parceria com o Google na última segunda.

"Ao colaborar mais com a Samsung, o Google põe os outros fabricantes em desvantagem", afirmou The New York Times.

Apple

Para a Apple, a compra da Motorola pela Lenovo representa o fim de uma era em que o Google era um fabricante concorrente. A consequência disso é que, agora, o Google deve se dedicar mais ao Android - o que pode tornar os rivais da Apple que usam o sistema mais atraentes para os consumidores na briga com o iOs, sistema operacional da empresa.

De acordo com CNET.com, a Lenovo gerou assim uma dupla dor de cabeça para a fabricante do iPhone - que já tinha dificuldades de penetrar no mercado chinês por conta do forte domínio da Lenovo por lá.

Eles querem mais

Não contente em bagunçar o jogo de forças no mundo dos smartphones, a Lenovo quer mais. Até 2016, a empresa espera superar a Samsung no topo desse mercado e, dentro de cinco anos, pretende tirar dele 50% de sua receita.

"As aquisições não são um fim por si mesmo, são ferramentas”, afirmou à Bloomberg Yang Yuanqing, presidente da Lenovo, em novembro. Outra meta é triplicar a presença dos smartphones da empresa pelo mundo - chegando a 30 países.

Entre eles, está o Brasil - onde a Lenovo contratou 900 funcionários e investiu 50 milhões de dólares afim de iniciar a produção de smartphones e TVs inteligentes, segundo dados de EXAME. A empresa é hoje líder na venda de PCs no país e controla cerca de 20% do mercado.

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