Galaxy Note 10 Plus: aparelho da Samsung ganhou uma versão especial para realizar conexões na rede 5G (Lucas Agrela/Site Exame)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 16h17.
São Paulo – A Samsung lidera com folga a venda de celulares com placas de rede 5G. De acordo com um estudo da consultoria britânica IHS Markit, a fabricante sul-coreana vendeu 3,2 milhões de aparelhos com capacidade de conexão à quinta geração de internet móvel. O montante representa 74% do total de dispositivos comercializados.
Apesar do percentual ainda dominante, a Samsung perdeu terreno nos últimos três meses. Entre abril e junho deste ano, a companhia com sede em Seul detinha 83% do mercado. Por outro lado, o número de dispositivos vendidos mais do que dobrou entre um período e outro, já que apenas 1,5 milhão de unidades saíram das fábricas da empresa no segundo trimestre.
De acordo com Gerrit Schneemann, analista sênior de smartphones da IHS Markit, a Samsung conseguiu capitalizar a vantagem de seu país de origem já ter uma infraestrutura mais eficiente para a internet 5G em relação a outros países. Por este motivo, a compatriota LG aparece em segundo lugar do ranking, com uma fatia de 10% do mercado – contra 15% do trimestre anterior.
Outro ponto destacado foi o portfólio da companhia, maior do que o de suas rivais. Além de oferecer uma seara diversificada de smartphones 5G com cinco modelos diferentes, a empresa também conta com o principal aparelho do mercado neste quesito. O Galaxy Note 10 Plus 5G vendeu 1,6 milhões de unidades.
Cada vez mais ameaçadoras aos negócios de Samsung e Apple, gigantes chinesas como Xiaomi, Huawei, Vivo e Oppo ainda não deslancharam com celulares 5G. Juntas, as quatro empresas chinesas comercializaram cerca de 700 mil aparelhos durante o terceiro trimestre de 2019 – pouco menos de 17% do total.
Segundo a IHS Markit, o maior empecilho é curiosamente o preço. Antes conhecidas por ofertarem smartphones mais baratos do que a média geral do mercado, as companhias chinesas passaram a investir em maquinário de ponta, principalmente na compra de processadores Snapdragon, da Qualcomm, e encareceu seus produtos. O Redmi K30, da Xiaomi, por exemplo, sai por 994 dólares (pouco mais de 4 mil reais em conversão direta).