Tecnologia

Com o 4K, o smartphone ultrapassou a TV, diz VP da Qualcomm

Em entrevista a EXAME.com, vice-presidente da Qualcomm comenta o atual momento do mercado de smartphones e antecipa como deve ser o futuro destes gadgets

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 11h15.

São Paulo - Com a chegada do 4K a suas telas e câmeras, os smartphones saem na frente em relação ao novo padrão de resolução. A afirmação é de Cristiano Amon.

Nascido em Campinas, Amon é vice-presidente executivo da Qualcomm Inc, uma das maiores fabricantes de chips do mundo. Nos EUA há 16 anos, ele conversou sobre o futuro dos smartphones com EXAME.com. Leia aqui alguns trechos da entrevista:.

EXAME.com - Que inovações devem surgir na área  de smartphones nos próximos anos?

Cristiano Amon - Com a chegada do 4K, um novo padrão de resolução já estreia direto nos celulares, pela primeira vez. Em 2015, a grande maioria dos telefones topo de linha vão filmar e exibir imagens em 4K. Antes mesmo de chegar a todas as TVs ou de contar com filmes lançados por grandes estúdios, essa tecnologia já está disponível na mão do usuário.

EXAME.com - Qual é o atual cenário do mercado mundial de smartphones?

Cristiano Amon - Hoje, o maior crescimento no setor de smartphones se dá em países emergentes. Não apenas porque esses gadgets dão acesso à internet, mas porque eles vêm substituindo a necessidade de vários outros produtos. Em breve, a maioria das pessoas no mundo vai ter um smartphone.

EXAME.com - Qual a importância da internet para os smartphones hoje?

Cristiano Amon - Em muitos lugares, o acesso à internet via smartphone já é mais rápido do que a conexão que as pessoas têm casa. O foco da banda larga hoje é o celular. O contato com a internet móvel é algo que não tem volta. Com a nuvem, seus dados vão com você - mas você precisa estar conectado o tempo todo. Quanto mais você compartilha dados, maior a sua necessidade de banda.

EXAME.com - Os gadgets de computação vestível ou wearables têm futuro?

Cristiano Amon - Sim. O celular hoje funciona como um computador pessoal. Associado a relógios, pulseiras e outros gadgets, ele se torna ainda mais poderoso. Esses periféricos podem captar informações e se comunicar com o smartphone via Bluetooth e Wi-Fi, oferecendo ainda mais possibilidades.

EXAME.com - O surgimento de tantos recursos não pode deixar os smartphones com preços altos demais?

Cristiano Amon - O mercado de smartphones é hoje um dos mais competitivos do mundo. Creio que o benefício da produção em massa de smartphones e da popularização do acesso à rede 4G é o barateamento dessas tecnologias. Isso será uma consequência direta da produção em grande escala de gadgets com esses recursos.

Acompanhe tudo sobre:EntrevistasIndústria eletroeletrônicaSmartphonesTV 4K

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble