Tecnologia

Claro propõe ampliar investimentos a R$ 5,8 bi até 2013

Além dos R$ 3,5 bilhões já anunciados para 2012, a companhia orçou mais R$ 2,3 bilhões para o ano que vem

Loja da Claro em São Paulo: além dos R$ 3,5 bilhões já anunciados para 2012 (Antonio Milena/EXAME.com)

Loja da Claro em São Paulo: além dos R$ 3,5 bilhões já anunciados para 2012 (Antonio Milena/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 20h30.

São Paulo - Com as vendas de chips suspensas em três Estados, a Claro colocou na mesa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) um plano de investimento de R$ 5,8 bilhões até o final de 2013. Além dos R$ 3,5 bilhões já anunciados para 2012, a companhia orçou mais R$ 2,3 bilhões para o ano que vem. Em entrevista exclusiva à Agência Estado, o presidente da operadora, Carlos Zenteno, revelou que a Claro vai antecipar investimentos no País para atender às exigências de qualidade do órgão regulador.

"Vamos ter que adiantar investimentos. (...) É muito importante ressaltar que nesse valor não está incluído todo o investimento em 4G que faremos", afirmou. A Claro foi suspensa pela Anatel de comercializar chips em São Paulo, Sergipe e Santa Catarina. Na última sexta-feira, Zenteno foi chamado a Brasília para participar de mais uma rodada de negociações com a agência reguladora do setor. Com 310 páginas, o plano de ação apresentado pela Claro à Anatel já está em sua quarta versão. Mas, desta vez, o presidente deixou Brasília bem mais otimista.

"Esperamos ter boas notícias nos próximos dias", previu. E completou: "Não tivemos nenhum comentário adicional. (...) Entendemos que esse plano já é o final, não deve ter mais mudanças", afirmou. Sem novos questionamentos pela Anatel, Zenteno acredita que a companhia estará liberada para vender chips antes do Dia dos Pais, uma das principais datas do comércio.


Outra estratégia da companhia para demonstrar o interesse na melhoria do serviço foi detalhar para Anatel o investimento na construção de um cabo de fibra óptica que irá do Rio de Janeiro até Miami, passando por Fortaleza, para funcionar em 2013. Orçado em R$ 988 milhões, o cabo, segundo o executivo, deixa a companhia mais preparada para atender ao crescimento de demanda esperado para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 no Brasil.

Por conta desses eventos, Zenteno acredita que a Anatel optou por cobranças mais amplas ao analisar o plano de ações da operadora. Tanto que foi preciso elaborar um documento detalhando todo o investimento mensal que será feito em cada Estado brasileiro até 2013. "É um relatório extenso. Tem Estado por Estado e cada investimento que faremos mensalmente", afirmou.

Com essa estratégia, observou, a Anatel quer evitar problemas de comunicações durante os grandes eventos internacionais no país, em especial na Copa das Confederações, já marcada para o ano que vem. O presidente adiantou que o documento contém ainda o compromisso da empresa de ter indicadores de qualidade por Estado. Os dados, segundo ele, devem ser disponibilizados ao público pelo órgão regulador.

Perdas

Zenteno admite que as perdas serão grandes com a suspensão das vendas, especialmente no mercado paulista. "A suspensão incluiu o principal mercado do país. O perfil de consumo de São Paulo é o mais elevado", disse. Zenteno lamentou o critério de punição da Anatel para a Claro, que se baseou apenas na qualidade do atendimento de call center. Segundo ele, a operadora atingiu todos os indicadores de desempenho de rede exigido pela Anatel nos últimos meses.

"Nós fomos bastante afetados com os critérios (escolhidos pela Anatel). Não foi um problema com a qualidade da rede", afirmou. Para Zenteno, a entrada em operação de um novo call center inteligente em setembro vai melhorar muito a qualidade do atendimento prestado pela Claro aos clientes. O novo call center vai consumir R$ 15 milhões em investimentos.

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