A empresa TV pertence ao bilionário mexicano Carlos Slim (Ronaldo Schemidt/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2011 às 15h00.
São Paulo - Net, Claro e Embratel anunciaram nesta quarta-feira uma oferta conjunta de serviços, mas não deram indicações sobre o andamento da esperada união societária entre as companhias brasileiras do empresário mexicano Carlos Slim.
O anúncio feito pelos presidentes das três companhias --José Antônio Félix (Net), Carlos Zenteno (Claro) e José Formoso (Embratel)-- e consiste em uma parceria comercial entre elas, explicou Félix.
"A integração das redes é um esforço das três companhias para usar as mesmas plataformas tecnológicas", disse Zenteno durante a apresentação da nova oferta de serviços.
Os pacotes oferecidos conjuntamente terão custo a partir de 399,90 reais (até 699,90 reais) por mês e a oferta terá início nas cidades atendidas pelas empresas a partir de 15 de outubro, segundo comunicado à imprensa.
Os executivos, contudo, foram cautelosos sobre a esperada união societária das três companhias, indicando que ela se encontra em curso, mas não deram detalhes. As empresas representam as operações brasileiras da gigante de telecomunicações América Móvil, de Slim.
Um dos passos principais para o avanço dessa possível essa união societária é a compra do controle da Net pela Telmex, subsidiária do grupo mexicano, estimam analistas. A Net é atualmente controla pelas Organizações Globo, mas o grupo de Slim tem preferência de compra do controle.
"O processo está em trâmite nas autoridades... e isso com certeza vai ser informado no momento em que essas negociações aconteçam", disse Formoso a jornalistas.
"Estamos muito felizes com a lei que foi aprovada recentemente", afirmou o presidente da Embratel sobre o projeto de lei 116 (PL-116), que regula o setor de TV paga e permite que estrangeiros controlem empresas do setor.
Não há, contudo, uma previsão para o movimento de reorganização das empresas de Slim no Brasil, afirmou Formoso.
"Mas isso não é um impedimento para fazer as coisas certas que o mercado precisa --como o pacote lançado hoje", disse o executivo.
"Provavelmente quando chegar a hora correta, os acionistas vão pensar no assunto, mas isso é com os acionistas da companhias", disse Félix, da Net.
Por sua vez, Zenteno, da Claro, afirmou que "cada companhia continua trabalhando com seu foco de negócios"