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Cinema IMAX chega ao Rio de Janeiro com Harry Potter

Os fãs cariocas de Harry Potter poderão assistir ao último filme da série numa tela de cerca de 300 metros quadrados

Harry Potter deve inaugurar a primeira sala IMAX do Rio de Janeiro, a terceira no Brasil (Divulgação)

Harry Potter deve inaugurar a primeira sala IMAX do Rio de Janeiro, a terceira no Brasil (Divulgação)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 21 de julho de 2011 às 10h34.

São Paulo — A rede UCI deve inaugurar, nesta sexta-feira (22 de julho) a primeira sala IMAX no Rio de Janeiro. Vai ser no shopping New York City Center, na Barra da Tijuca. O filme de estreia será Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2. Como outros cinemas IMAX, a nova sala deverá ter uma tela grande o bastante para preencher todo o campo de visão do expectador. Um tamanho típico é 22 metros de largura por 16 de altura. O objetivo é criar, nas pessoas, a sensação de estar imersas na cena. Esse tipo de sala pode exibir tanto filmes especialmente produzidos para telas gigantes como produções comuns, adaptadas para esse tipo de tela.

No primeiro caso, a tecnologia empregada é a que foi desenvolvida nos anos 60 pela empresa canadense IMAX, antes da inauguração do primeiro cinema da rede, em 1971. Ela emprega película de 70 mm de largura dividida em quadros quase quadrados. Esse formato é conhecido como 15/70 (o 15 é uma referência ao número de perfurações na borda do filme por quadro). A área de cada quadro é cerca de dez vezes maior que a de um quadro de filme 35 mm comum. 

Nesse formato de altíssima resolução, o consumo de película é tão grande que um rolo com duas horas e meia de filme pesa 250 kg e tem 1,8 metro de diâmetro. Isso faz com que a câmera IMAX seja grande e pesada. As produções em 3D exigem uma câmera dupla que pesa 113 kg. O projetor, ainda maior, tem peso de 2 toneladas, comparável ao de um automóvel.

Hollywood vai ao IMAX

A dificuldade e o alto custo da produção no formato IMAX tradicional têm feito a empresa buscar outras alternativas tecnológicas. O primeira foi adaptar filmes comuns para projeção na tela gigante. Isso foi feito pela primeira vez em 2002, com Apolo 13. O filme é digitalizado e processado no computador. Depois, é gravado em película no formato 15/70. É o que acontece, também com Harry Potter e as Relíquias da Morte. Naturalmente, a exibição de títulos de Hollywood, em lugar de apenas documentários, aumentou bastante o público para os cinemas IMAX.


O resultado dessa conversão é, em geral, considerado superior ao do filme original, mas ainda inferior ao de uma produção IMAX verdadeira. Uma segunda alternativa à produção totalmente em formato IMAX foi filmar apenas parte de alguns títulos de sucesso usando esse padrão. Isso foi feito pela primeira vez em 2008 no filme Batman: o Cavaleiro das Trevas

A digitalização é o caminho

Desde 2008, a rede IMAX também tem exibido filmes digitalizados. A digitalização permite dispensar os projetores gigantes e torna a operação dos cinemas mais simples e barata. Esses filmes são vistos na chamada resolução 2K, superior à do  cinema comum mas menor que a definição de um filme IMAX em película.

Pelo menos no futuro próximo, a velha tecnologia deve continuar ganhando da nova em qualidade de imagem. Mesmo assim, a digitalização é o caminho inevitável. A IMAX já divulgou que está desenvolvendo uma câmera digital 3D própria, que deve ficar pronta ainda neste ano. Ela deve baratear bastante a produção de filmes em três dimensões.

A sala no Rio de Janeiro vem se juntar a outras duas já existentes no Brasil: uma em São Paulo, inaugurada em janeiro de 2009, e outra em Curitiba, aberta em julho do mesmo ano. Mais duas estão previstas para ser implantadas neste ano no país. A primeira será em Cotia, na Grande São Paulo, no shopping The Square, e deve entrar em funcionamento em agosto. A outra vai ser instalada no Bourbon Shopping Wallig, em Porto Alegre. No início de abril, havia 528 cinemas IMAX em 46 países.

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