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Cientistas descobrem como reciclar plástico em combustível

Plásticos são uma parte fundamental da vida moderna, mas seu uso sem limites tem criado sérios problemas ambientais


	Poluição: plásticos são uma parte fundamental da vida moderna, mas seu uso sem limites tem criado sérios problemas.
 (Garrafas de plástico flutuando na água)

Poluição: plásticos são uma parte fundamental da vida moderna, mas seu uso sem limites tem criado sérios problemas. (Garrafas de plástico flutuando na água)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 22 de junho de 2016 às 11h49.

São Paulo - Todos os dias, milhares de toneladas de garrafas, embalagens e sacolas plásticas terminam em aterros sanitários, onde demoram centenas de anos para desaparecer, e, não raro, poluem os oceanos, com efeitos assustadores sobre a vida marinha. Mas uma nova pesquisa publicada na revista científica Science Advances aponta que todo esse resíduo plástico poderia ganhar vida nova.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine, nos EUA, e do Instituto de Química Orgânica de Xangai, na China, descobriram como dissolver os fortes laços de plástico de polietileno, a forma mais comum comercialmente disponível de plástico, para gerar combustível e outros produtos.

A técnica inovadora baseia-se no uso de alcanos (ou parafinas), um tipo específico de moléculas de hidrocarboneto, para romper as cadeias químicas do polímero e transformá-lo em novos compostos úteis, como combustível líquido e ceras de uso industrial.

Não é de hoje que os cientistas têm procurado reciclar lixo plástico. Mas a maior parte dos métodos são tóxicos e demanda grande quantidade de energia. Uma abordagem comum, por exemplo, inlclui o uso de produtos químicos cáusticos e aquecimento a mais de 300 graus Celsius para quebrar as ligações químicas dos polímeros.

Nessa técnica recém-descoberta, porém, a equipe degrada plásticos de forma mais suave e mais eficiente através de um processo conhecido como metátese cruzada com alcano, e as substâncias necessárias para o novo método são subprodutos da refinação de petróleo, facilmente disponíveis.

"Plásticos sintéticos são uma parte fundamental da vida moderna, mas o nosso uso deles em grande volume tem criado sérios problemas ambientais", disse o químico Zhibin Guan, da Universidade da Califórnia. "Nosso objetivo com esta pesquisa foi resolver o problema da poluição do plástico, bem como criar uma nova fonte de combustível líquido."

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