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Cientistas descobrem 14 novas espécies de rãs na Índia

Grupo descobriu 14 novas espécies de um tipo de rã único no mundo, consideradas relíquias viventes


	Rã do gênero Micrixalus: anfíbios descobertos vivem apenas em uma cordilheira indiana
 (Wikimedia Commons)

Rã do gênero Micrixalus: anfíbios descobertos vivem apenas em uma cordilheira indiana (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 10h40.

Nova Deli - Um grupo de cientistas descobriu na Índia 14 novas espécies de um tipo de rã único no mundo, consideradas "relíquias viventes", embora seu habitat esteja cada vez mais ameaçado, informou nesta sexta-feira à Agência Efe um dos pesquisadores envolvidos.

Esse anfíbio conhecido como "rã dançarina", pelo movimento das patas traseiras dos machos durante o cortejo, só é encontrado em Western Ghats, uma cordilheira ao oeste da Índia em frente ao mar da Arábia, disse o cientista Sathyabhama Dás Biju.

O trabalho científico dirigido por este especialista em anfíbios, um reconhecido biólogo da Universidade de Deli, que estudou durante 12 anos essas espécies junto a Sonali Garg, K. V. Gururaja, Yogesh Shouche e Sandeep A. Waljukar, especialistas de diferentes centros do gigante asiático.

O estudo, publicado no "Ceylon Journal of Science", é fruto do trabalho de campo realizado nos estados indianos de Kerala, Tamil Nadu, Karnataka e Maharashtra, enquanto analises de DNA e das características morfológicas foram indispensáveis na identificação das novas espécies.

As rãs pertencem à família das Micrixalidae e a um gênero único da Índia, denominado Micrixalus, do qual eram conhecidas outras 11 espécies até agora e cujas origens se remetem há 85 milhões de anos, o que justifica a consideração de "relíquias viventes".

Estes pequenos animais vivem em correntes rápidas de água nas montanhas, em um habitat no qual 75 novos anfíbios foram descobertos nos últimos 15 anos. Segundo a fonte, uma centena de espécies ainda pode ser descrita cientificamente no local.

No entanto, este habitat se mostra cada vez mais ameaçado pela ação humana e, por isso, que as novas espécies "requerem ações imediatas para sua conservação", já que a maioria vivem em áreas sem proteção ambiental, advertem os cientistas.

O trabalho realizado pelos cientistas pôs em evidência a fragilidade do local, "altamente degradado e ameaçado pela pressão humana", com consequências como a dissecação dos riachos vitais para a sobrevivência dessas rãs consideradas "espécies raras".

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