(Wikimedia Commons/Reprodução)
Lucas Agrela
Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 17h49.
São Paulo – A cada ano, a Apple lança uma linha de iPhones em três modelos – os mais novos sendo iPhone Xs, Xs e Xr –, mas os consumidores não acompanham esse ritmo de compra de novos aparelhos. De acordo com um relatório do analista Toni Sacconaghi, da consultoria de mercado Bernstein, as pessoas trocam seus iPhones a cada quatro anos, um ano a mais do que entre os anos de 2015 a 2017, quando a média era a cada três.
A falta de grandes novidades nos smartphones e programas de troca de baterias, como o que a Apple promoveu em 2018 (inclusive no Brasil), ajudam a aumentar o tempo de aquisição de um novo iPhone. Na visão de Sacconaghi, 16% das pessoas irão trocar seus iPhones atuais neste ano, mas a queda de vendas em volume de unidades será de 19% em 2019. A base de usuários de iPhones, no entanto, segue crescendo. Só no último ano, o aumento foi de 9%.
O próprio Tim Cook, CEO da Apple, reconheceu que as pessoas têm comprado menos iPhones novos. "Nossos clientes estão ficando mais tempo com seus iPhones antigos do que antes. Quando você junto isso a fatores macroeconômicos, particularmente em mercados emergentes, resulta na queda 15% de receita do iPhone em relação ao ano anterior", afirmou Cook, no último anúncio de resultados da empresa.
Em 2018, a Apple anunciou que iria parar de divulgar os números de vendas de iPhones aos acionistas a cada trimestre. No total, são mais de 900 milhões de iPhones em uso atualmente. Diante deste cenário, a Apple deve centrar esforços em serviços. A companhia, por exemplo, anunciou na CES uma parceria inédita com a Samsung, que terá um aplicativo oficial da loja de filmes e músicas iTunes em suas Smart TVs, bem como alianças com LG e Sony para que seus televisores exibam conteúdos transmitidos diretamente de iPhones e iPads.