Tecnologia

Ciberataque já está "controlado", diz empresa russa Kaspersky

A recomendação é que as empresas corrijam a "vulnerabilidade", caso contrário, o ciberataque pode se repetir em qualquer momento

 (Thomas Samson/AFP/AFP)

(Thomas Samson/AFP/AFP)

E

EFE

Publicado em 13 de maio de 2017 às 16h01.

Última atualização em 15 de maio de 2017 às 10h03.

Moscou - O ciberataque que afetou desde sexta-feira mais de cem países já foi controlado, assegurou neste sábado à Agência Efe Vicente Díaz, analista da assinatura russa de segurança cibernética Kaspersky.

"Está controlado. O código malicioso que foi utilizado para o ciberataque já foi neutralizado. Na sexta-feira, ele pegou de surpresa muita gente. Mas assim que as empresas entenderam o que estava acontecendo, todo o mundo correu para encontrar uma solução", apontou Díaz.

O especialista acredita que o fato de o ciberataque "quase planetário" ter sido "capa" em todos os meios de informação, fez com que a comunidade internacional levasse muito a sério o ataque e suas consequências.

"Foi revelador para muita gente. Em sete ou oito anos não havia ocorrido outro igual", apontou.

Mas Díaz adverte que se as empresas não corrigiram a "vulnerabilidade subjacente" utilizada pelo código malicioso, o ciberataque pode se repetir em qualquer momento.

O especialista se disse "surpreso pela virulência, o sucesso desmesurado, a magnitude mundial e a capacidade destrutiva do código utilizado".

Em sua opinião, os autores do ataque buscavam dinheiro, mas "foi em vão", e acredita que em nenhum momento esperavam que "tivesse tal virulência", já que com 5% do ocorrido ontem, já teria sido "um sucesso".

"Mas não acredito que fosse um ataque dirigido, sim massivo. Se o objetivo fosse causar caos, então haveria uma mensagem e não um resgate", apontou.

O especialista em segurança informática acredita que o "efeito de pânico" fez que muitos contribuíssem ao sucesso do ataque e a "incapacitar o sistema" ao optar por desconectar os computadores e mandar os trabalhadores para suas casas.

Acompanhe tudo sobre:Hackersseguranca-digital

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble