cesnass (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2015 às 06h32.
Um programa do departamento de Justiça dos Estados Unidos revelado no ano passado, que recolhia informações de telefones celulares por meio de antenas em aviões, teve a ajuda central da CIA, agência de inteligência americana.
O papel da agência era o desenvolvimento da tecnologia que replica torres de celulares. O sistema, usado em aviões, normalmente pequenos monomotores Cessna, permitia que agentes obtivessem a identificação do aparelho e a localização de milhares de telefones a cada sobrevoo do avião equipado com o sistema.
A tecnologia faz os telefones acreditarem que estão enviando sinais para torres de telefonia celular quando, na verdade, estão entrando em contato com policiais federais.
O sistema era tão preciso que, em alguns casos, a localização do telefone tinha margem de erro de menos de um metro. Nem mesmo as novas tecnologias de criptografia dos smartphones mais recentes conseguiam interromper esse processo.
A participação da CIA foi revelada pelo jornal Wall Street Journal. A publicação afirma que a agência teria começado o desenvolvimento dos aparelhos de grampo há cerca de 10 anos, quando o financiamento do projeto foi aprovado pelo departamento de Justiça.
As duas organizações trabalharam juntas por alguns anos no desenvolvimento da tecnologia, que também foi usada para rastrear suspeitos de terrorismo fora dos Estados Unidos.
A notícia está gerando polêmica nos Estados Unidos, não apenas por violar direitos civis de cidadãos do mundo todo: a CIA é legalmente proibida de participar da maioria das investigações que acontecem em solo americano.