Repórter
Publicado em 5 de setembro de 2024 às 14h59.
Última atualização em 5 de setembro de 2024 às 15h06.
As guerras frequentemente impulsionam inovações em armamentos, à medida que cada lado busca neutralizar as táticas do inimigo e romper defesas. Na invasão russa à Ucrânia, isso se reflete no uso intensivo de drones, com ambos os lados desenvolvendo formas de derrubar essas aeronaves de maneira mais eficaz. Uma recente inovação ucraniana são os drones de aríete, que colidem diretamente com drones russos para derrubá-los.
Na guerra de trincheiras que predomina no leste da Ucrânia, os ucranianos adotaram uma nova tática: uma chuva de fogo, também entregue por drones. Os vídeos, que começaram a circular esta semana nas plataformas Telegram e X (banido no Brasil), mostram drones ucranianos liberando material incendiário contínuo sobre trincheiras russas, provocando incêndios e detonando munições próximas.
Segundo relatos, seria termita — uma mistura de pó metálico, geralmente alumínio, e óxido metálico, neste caso óxido de ferro. Quando ignitada, a termita produz uma reação de oxirredução que libera calor extremo, capaz de causar queimaduras a temperaturas de até 2.500 °C.
A descrição técnica da termita no Wikipedia destaca suas vantagens: ela contém seu próprio suprimento de oxigênio, o que significa que pode queimar em qualquer ambiente e não depende de ar externo. Além disso, a termita é praticamente impossível de extinguir com água, embora uma quantidade significativa de água possa ser usada para resfriar e interromper a reação.
Ainda não está claro se esses novos armamentos ucranianos terão impacto significativo no campo de batalha, mas sua utilização reflete a quantidade de talento em engenharia industrial e química que está sendo direcionada no país para o desenvolvimento de novas formas de destruição.