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Chinaglia quer protesto formal contra espionagem dos EUA

São Paulo - O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), informou ao Estado de S. Paulo que vai sugerir um protesto formal do Congresso Nacional contra...

Arlindo Chinaglia (Wilson Dias/ABr)

Arlindo Chinaglia (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.

São Paulo - O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), informou ao Estado de S. Paulo que vai sugerir um protesto formal do Congresso Nacional contra a espionagem americana.

"Me parece não haver dúvidas de que houve espionagem. Isso fere a nossa soberania, invade a nossa privacidade e, no caso da presidente Dilma, é de um abuso inaceitável", criticou o deputado ontem à noite, após a exibição da reportagem do Fantástico, da TV Globo, que revelou que a Agência Nacional de Segurança Americana (NSA, na sigla em inglês) mantém um esquema para espionar a presidente Dilma Rousseff e seus principais assessores.

Já o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), disse que vai propor a instalação de uma CPI para investigar o episódio. "Este é um dos mais duros golpes contra a soberania do Brasil. O governo brasileiro tem de reagir à altura, não só chamando o embaixador, é assunto pra ser tratado de presidente pra presidente."

Para Guimarães, as novas denúncias azedam o clima da visita de Estado que Dilma fará aos Estados Unidos, em outubro. "No meu ponto de vista, o governo tem de agir duro e rigorosamente. Sem explicações, não considero razoável a ida da presidente Dilma Rousseff (para os Estados Unidos)", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem por cerca de duas horas com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, antes mesmo de a matéria do Fantástico ser exibida na TV. O ministro deverá conceder entrevista a jornalistas nesta segunda-feira para comentar as últimas denúncias. Ele tem nova audiência com a presidente Dilma, marcada para às 15h.

Em 13 de agosto, a presidente recebeu no Palácio do Planalto o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que tentou prestar esclarecimentos sobre a espionagem norte-americana. Na ocasião, o Planalto considerou insatisfatória a explicação de Kerry.

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