Xangai (Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 17h41.
A China tem uma longa história de embate com empresas de internet e comunicação americanas, consideradas "politicamente sensíveis" ao governo, e bloqueadas aos cidadãos do país. Aparentemente, isso começa a mudar.
De acordo com uma reportagem do South China Morning Post, o governo chinês tomou uma decisão histórica de permitir o acesso dentro de Xangai a páginas antes vetadas, como Facebook, Twitter e o site do jornal The New York Times.
O artigo cita fontes oficiais, mas anônimas, no governo chinês. Segundo elas, a decisão já teria sido repassada às três maiores empresas de telecomunicação do país, com apoio de membros do alto escalão, entre eles o primeiro-ministro Li Keqiang.
"Para atrair investimentos de empresas do exterior e permitir que estrangeiros vivam e trabalhem felizes na área de livre comércio, devemos pensar como fazê-los se sentir em casa", diz a fonte anônima ao China Morning Post. "Se eles não puderem entrar no Facebook ou ler o The New York Times, podem se questionar, naturalmente, quão especial a área de livre comércio é em relação ao resto da China."
A decisão, no entanto, vale apenas para a área especial de livre comércio de Xangai. No resto da China continental, de acordo com a fonte citada pelo jornal, essas páginas continuam bloqueadas.