Tecnologia

China revela versão própria do Google Earth

Serviço de mapeamento do governo chinês deve dificultar ainda mais a entrada do Goole no país

O site Map World: para atuar na China, Google Earth precisaria de licença (Reprodução)

O site Map World: para atuar na China, Google Earth precisaria de licença (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2010 às 15h19.

Pequim - Um órgão do governo chinês lançou um serviço de mapeamento via satélite, criado para concorrer com o popular serviço de mapeamento via satélite do Google Earth, o que pode representar novos problemas para as operações do Google na China continental.

O Google e a China estão em conflito desde o ano passado, quando um sério ataque de hackers originário do país asiático levou o Google a fechar seu serviço de busca em chinês na China continental.

O "Map World" foi lançado pelo Serviço Estatal de Agrimensura e Mapamento, na quinta-feira, e está disponível no site do órgão. A página está em chinês, mas usuários do browser Chrome, do Google, conseguem traduzir grande parte dos comandos. A homepage oferece uma vista em larga escala da Grande Muralha da China, encimada por nuvens em forma de continentes.

O Google não solicitou licença para operar um serviço de mapeamento online na China, informou um jornal chinês, mas o serviço de mapeamento do Google está acessível nos computadores da China continental.

Regras criadas em maio pelo serviço de mapeamento dispunham que empresas oferecendo serviços online de mapeamento e localização precisariam solicitar licença. Para fazê-lo, os servidores usados para os mapas teriam de estar localizados no país.

O Google informou na época que estava avaliando as novas regras, criadas para permitir que a China bloqueie os serviços de fornecedores que não se qualifiquem para uma licença.


O serviço de vídeos YouTube e o de fotos Picasa, controlados pelo Google, estão bloqueados na China, e o pacote de programas online de editoração de documentos às vezes é difícil de acessar no país. As buscas originadas na China são agora direcionadas ao serviço de buscas do Google em Hong Kong. O Google não opera servidores na China continental.

Algumas das imagens em alta resolução do "Map World" sobre o centro de Pequim parecem ter sido obtidas em 1o de outubro de 2009, quando as ruas foram esvaziadas para o desfile militar e alegórico do Dia Nacional da China, que pode ser visto nas ruas.

O Map World só oferece imagens de altitude elevada, fora da China, e o outro lado da fronteira entre a China e a Coreia do Norte revela uma área branca depois que certa resolução é atingida. Outros países também apresentam telas em branco para as resoluções mais elevadas.
Taiwan, que a China define como província traidora, não pode ser vista na mesma resolução que a China continental.

Na China, serviços de mapeamento continuam sujeitos a normas estatais de sigilo, o que cria problemas para mineradoras, já que mapas de alta resolução sobre jazidas não estão disponíveis, e também para simples turistas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleInternetTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

O pedido da Arm que Cristiano Amon, da Qualcomm, chamou de "ultrajante"

Economia de baixa altitude impulsiona carros voadores e GAC lança GOVY AirJet

China conecta projeto Fotovoltaico pioneiro com geração de 6,9 bilhões de kWh anuais

Às vésperas da posse de Trump, TikTok enfrenta embate jurídico para permanecer nos EUA