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China condena "repressão" contra suas empresas após inclusões em lista dos EUA

Com a rotulação feita pelos estadunidenses, ações da desenvolvedora do WeChat caíram 9,8%

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 08h52.

Pequim condenou nesta terça-feira, 7, a "repressão injustificada contra as empresas chinesas", depois que os Estados Unidos incluíram as gigantes da tecnologia Tencent e Contemporary Amperex Techonology (CATL) em uma lista de empresas consideradas colaboradoras do Exército chinês.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, disse em entrevista coletiva que "o direito do povo chinês ao desenvolvimento é inalienável e não pode ser omitido".

Guo comentou que a China "sempre se opôs firmemente à generalização do conceito de segurança nacional dos EUA" e ao "estabelecimento de listas discriminatórias de todos os tipos".

"Pedimos que os EUA retifiquem imediatamente suas práticas erradas e retirem imediatamente suas sanções unilaterais ilegais e sua jurisdição de longo alcance sobre as empresas chinesas", acrescentou, alertando que as autoridades chinesas "tomarão as medidas necessárias para proteger os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e seu próprio direito legítimo ao desenvolvimento".

A Tencent, desenvolvedora da popular rede social WeChat - o equivalente ao WhatsApp, que é censurado no país asiático - também é a maior vendedora de videogames do mundo, com títulos como o conhecido "League of Legends" sob sua propriedade.

A CATL é a maior produtora mundial de baterias para veículos elétricos, com clientes importantes não apenas no mercado chinês, mas também entre as marcas internacionais, como Tesla e BMW.

As duas empresas aparecem em um documento que lista as dezenas de companhias chinesas também visadas, que será publicado no Registro Federal dos EUA nesta terça-feira, embora cópias já estivessem disponíveis para download na segunda-feira.

A lista atualizada, que já incluía gigantes chineses como a empresa de navegação COSCO e a empresa de tecnologia Huawei, é uma das várias medidas de Washington para restringir as empresas chinesas que supostamente representam riscos à segurança.

A inclusão nessa lista não implica automaticamente em sanções ou proibições, mas pode resultar em obstáculos para seus negócios nos Estados Unidos.

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