Tecnologia

ChatGPT passa a sugerir produtos com base em busca, mas OpenAI nega que sejam anúncios

Mais de 1 bilhão de buscas foram feitas na ferramenta em uma semana, segundo a empresa

Janaina Camargo
Janaina Camargo

Redatora na Exame

Publicado em 29 de abril de 2025 às 16h53.

Última atualização em 29 de abril de 2025 às 17h04.

A OpenAI anunciou nesta segunda-feira, 28, que o ChatGPT passou a oferecer recomendações de produtos como parte da experiência de busca. A nova funcionalidade é ativada quando o usuário realiza consultas com intenção de compra, como “presentes para alguém que adora cozinhar” ou “melhores fones de ouvido com cancelamento de ruído por menos de US$ 200”. O ChatGPT, então, passa a exibir sugestões de produtos relacionados.

As recomendações são geradas com base na análise da intenção do usuário, levando em conta fatores como preço, avaliações e preferências detalhadas na conversa, como estilo, tamanho ou outras especificações. Dependendo da pergunta, o algoritmo prioriza o fator mais relevante. Por exemplo, se houver um orçamento de US$ 30, o preço ganha maior peso.

Em entrevista ao site Stratechery, o CEO da OpenAI, Sam Altman, declarou que o modelo atual de negócios da empresa ainda não prevê anúncios, mas não descartou essa possibilidade no futuro. Altman disse preferir uma abordagem de monetização por meio de taxas de afiliado aplicadas a compras feitas via ChatGPT.

“Isso seria legal, eu não teria problema com isso”, afirmou. Ele também sugeriu uma cobrança de cerca de 2% como modelo viável, desde que isso não alterasse o posicionamento dos resultados. “Talvez haja uma maneira elegante de fazer anúncios, mas não sei. Eu meio que não gosto muito de anúncios”, completou.

Busca no ChatGPT ultrapassa 1 bilhão de interações semanais

A OpenAI afirmou ao site TechCrunch que mais de um bilhão de buscas foram feitas no ChatGPT em uma única semana, mostrando a escala crescente de uso da ferramenta em tarefas que vão além da geração de texto.

Com a nova função, a empresa avança sobre um terreno dominado por buscadores tradicionais, como o Google, ao mesmo tempo que experimenta formas alternativas de monetização sem depender diretamente de publicidade digital.

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