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Chanceler do Equador encontra Assange dois anos após asilo

Dois anos após conceder-lhe proteção diplomática, no dia 16 de agosto de 2012, Patiño reiterou seu apoio ao ativista

Julian Assange (WPA Pool/Getty Images)

Julian Assange (WPA Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 06h11.

O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, e o fundador do Wikileaks, Julian Assange, se reuniram em Londres neste final de semana e oferecerão nesta segunda-feira (18) uma entrevista coletiva conjunta por ocasião do segundo aniversário do asilo político que o país sul-americano outorgou ao ativista.

Patiño manteve um encontro com Assange, confinado na embaixada equatoriana na capital britânica, no qual participaram diversos acadêmicos e ativistas que apoiam o papel do australiano "em benefício da luta pelas liberdades civis", informou o Ministério das Relações Exteriores equatoriano.

Dois anos após conceder-lhe proteção diplomática, no dia 16 de agosto de 2012, Patiño reiterou seu apoio ao ativista. "Nossa decisão é absolutamente sólida, é uma decisão que se baseia em reconhecer seu valor, sua decisão e não somente conta com o apoio do Equador, mas com o de milhares de pessoas", afirmou o chefe da diplomacia equatoriana.

Em Quito, o presidente do Equador, Rafael Correa, lembrou hoje os dois anos de permanência do fundador do Wikileaks na embaixada do país andino em Londres e se perguntou "onde está a imprensa 'livre e independente'?".

"Dois anos de Assange na embaixada equatoriana em Londres. Onde está imprensa 'livre e independente'? O que aconteceria se isto fosse no Equador?", escreveu Correa em sua conta no Twitter.

Assange se refugiou na Embaixada do Equador em Londres no dia 19 de julho de 2012 para evitar sua extradição à Suécia, onde a justiça lhe reivindica por supostos delitos sexuais que ele nega. Dois meses depois, o Equador concedeu asilo ao fundador do Wikileaks e pediu um salvo-conduto para que pudesse sair do Reino Unido.

A permissão foi negada e Assange, responsável pela divulgação de milhares de telegramas diplomáticos que expuseram governos de todo o mundo, continua confinado na legação diplomática equatoriana.

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