CES: edição deste ano tende a trazer inovações incrementais de produtos apresentados anos atrás
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 06h18.
Última atualização em 9 de janeiro de 2018 às 07h20.
A principal feira de eletrônicos para consumo no mundo, a Consumer Electronic Show (CES) começa hoje em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Estima-se que 170.000 pessoas — 5% delas jornalistas — lotem a Strip, principal avenida da cidade na mais nova edição de uma feira que começou em 1967 apresentando transistores e televisores em preto e branco.
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O cenário tecnológico de 2018, evidentemente, está anos-luz daquele de 50 anos atrás, mas ainda assim carece de novidades realmente disruptivas.
A edição deste ano tende a trazer inovações incrementais de produtos apresentados anos atrás, tendo como pano de fundo a internet das coisas e a inteligência artificial.
Embora a apresentação de TVs (hoje a cada ano com mais definição) de fabricantes como Sony e L, ainda sejam uma das principais atrações, hoje os aficionados por tecnologia e empresários do setor vão ao evento para acompanhar também novidades em termos de smartphones, laptops, drones e smartfridges, as geladeiras inteligentes.
Um dos assuntos que mais estão sendo acompanhado este ano é a inteligência artificial que permite a automatização de carros — Jim Hackett, presidente da montadora Ford, deve fazer uma apresentação nesta terça-feira sobre o futuro da indústria automobilística e dos meios de transporte.
Uma das companhias mais em voga é a fabricante de eletrônicos sul-coreana Samsung. Com a ausência da Apple, que se mantém reclusa em sua sede na Califórnia, a Samsung deve apresentar novos aparelhos celulares e talvez até um breve olhar sobre o Galaxy S9, celular topo de linha da companhia que deve ser lançado ainda mais tarde no ano.
Se em 2016 foi a Samsung que teve problemas com baterias explodindo, este ano é a Apple que tem problemas com baterias: as de modelos mais antigos têm performance abaixo do desejado por consumidores, o que causou rebuliço para a companhia na virada do ano.
A guerra não fica só nos celulares: o assistente de voz da gigante Google deve aparecer com tudo nos mais diferentes aparelhos para competir com a Alexa, da varejista Amazon.
Aparelhos vestíveis, como relógios, são esperados para focar cada vez mais em saúde e performance e o mercado de realidade virtual deve aparecer aqui e ali com novos produtos.
A grande novidade, neste cenário, talvez fique mesmo com a Ford e outras montadoras que, cada vez mais, preferem Las Vegas a Detroit, onde começa, no sábado, a feira automotiva mais tradicional do país.