San Francisco - Baris Gultekin, o engenheiro que desenvolveu o Google Now, uma espécie de "assistente pessoal" do usuário, imagina um futuro no qual os celulares "vão trabalhar" para nós e nos darão informações úteis sem a necessidade de as solicitarmos.
"Chamamos os celulares da atualidade de smartphones (telefones inteligentes), mas na realidade eles não são tanto assim. É preciso dizer a eles em todos os momentos o que têm que fazer", disse Gultekin em entrevista para a Agência Efe na sede do Google, em Mountain View, na Califórnia.
Para Gultekin, o Google Now "pode mudar o futuro. Estamos no início de algo que pode ser fenomenal", garantiu o engenheiro.
Considerado o concorrente do Siri, o aplicativo da Apple para o sistema operacional iOS que responde a perguntas do usuário e faz recomendações, o Google Now se concentra em ajudar nas tarefas diárias e também oferece informações sobre viagens e outras atividades de lazer, como esporte e cinema.
O serviço nasceu durante os 20% de tempo que o Google oferece a seus empregados para trabalharem no que quiserem.
"Começamos este projeto de forma paralela com outro engenheiro", explicou Gultekin, que acrescentou que o Google Now se alimenta de outros serviços do Google, como o Gmail e o Google Maps, e oferece informações com base no perfil do usuário, para o que são essenciais os dados sobre a localização física do mesmo.
"Podemos dizer ao usuário como está o trânsito durante sua viagem diária para o trabalho e as condições meteorológicas quando ele acorda", afirmou o engenheiro, que acredita que a tecnologia deve ajudar a facilitar a vida das pessoas e não interferir quando não for necessário.
"Ou seja, se o usuário está planejando uma viagem e quer se lembrar do horário de seu voo, a resposta deveria estar pronta sem que fosse necessário solicitá-la. Além disso, quando ele aterrissar e partir rumo ao hotel, o mesmo deverá ocorrer. Não deveria ser necessário buscar no Gmail o número da reserva", acrescentou.
Gultekin considera que a evolução do buscador do Google tornou possível o surgimento do Google Now.
O buscador começou oferecendo links para sites em função de uma série de palavras e deu um passo à frente ao acrescentar imagens e vídeos.
O terceiro grande passo chegou com o que o Google batizou de Knowledge Graph (Mapa do Conhecimento), que oferece informação estruturada e detalhada sobre um tema, além de links para outros sites.
O objetivo é que o usuário utilize essa informação para solucionar suas dúvidas sem ter que acessar outros sites para buscar a informação que precisa.
"O Mapa do Conhecimento entende distintas coisas e a relação entre elas", e permite encontrar respostas muito rápido, afirmou Gultekin.
Para o engenheiro, o Google Now é o próximo passo nessa evolução, ao oferecer respostas antes mesmo de o usuário buscá-las.
Com isso, o serviço sabe que faltam poucas horas para um voo e compartilha com o usuário a informação sobre a viagem sem que este tenha que pedi-la. Além disso, se sabe que o dono do telefone tem uma reunião em determinada hora e há um problema com o transporte público, o avisa e lhe recomenda um novo caminho.
Os programadores do Google esperam equipar o serviço com novas funções, como recomendações baseadas em experiências similares de outros usuários.
Mas para se transformar em um "assistente pessoal" realmente eficaz, o Google Now necessita saber tudo, o que poderia se transformar em um problema no meio de uma preocupação crescente com a privacidade.
"O nosso serviço é opcional e somos muito claros com as coisas que podemos ajudar", comentou Gultekin.
O serviço está disponível em mais de 40 países e funciona em cerca de 80% dos telefones que utilizam o sistema operacional Android.
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1. Alô?
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1/21 (Getty Images)
São Paulo – De olho nas coisas que nos cercam no cotidiano, a ciência não ignorou o fenômeno dos smartphones. Cada vez mais presentes em nossas vidas, os gadgets também foram alvos de diversos estudos. A seguir, reunimos algumas dessas pesquisas. Vale a pena ler!
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2. Bactérias
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2/21 (Getty Images)
Mais de 7.000 diferentes tipos de bactéria foram identificados em 51 amostras recolhidas por cientistas da universidade do Oregon em dedos e smartphones. Após análises, ficou provado que 82% dos organismos presentes nas mãos dos usuários dos gadgets também estavam nas telas de seus celulares.
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3. Banheiro
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3/21 (Roslan Rahman/AFP)
Cerca de 40% dos brasileiros usam seus smartphones no... banheiro. A constatação é fruto de um levantamento realizado pelo Ibope com 4.600 pessoas. Além do banheiro, outros ambientes com alta taxa de uso de smartphones são o transporte público (58%) e o trabalho (42%).
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4. Conversas
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4/21 (Divulgação / Samsung)
Conversar sem um smartphone por perto gera um maior grau de satisfação. A constatação é de pesquisadores da universidade da Virgínia. Num experimento, eles acompanharam 100 conversas de 10 minutos entre duas pessoas. Depois, pediram a elas que comentassem suas impressões sobre os diálogos. Então, foi constatado que as conversas nas quais os participantes não pegaram em seus smartphones foram percebidas como mais satisfatórias.
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5. Na aula
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5/21 (A2 Fotografia/Gilberto Marques)
Em Israel, um estudo da universidade de Haifa com 591 alunos entre 9 e 12 anos descobriu que 94% dos estudantes usavam seus smartphones durante as aulas. Além disso, o levantamento apontou que o uso dos gadget era mais intenso justamente nas aulas em que os professores eram mais empenhados em combatê-lo.
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6. Ao volante
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6/21 (Sxc.hu)
Muita gente se arrisca a dirigir e usar o smartphone ao mesmo tempo. Pelo menos, é o que aponta um estudo da universidade do Alabama. Cerca de 35% dos 93 universitários entrevistados pela pesquisa admitiram que ficam de olho no celular mesmo quando estão ao volante.
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7. Stress
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7/21 (stock.xchng)
Entre perder a aliança e perder o smartphone, 77% dos entrevistados consideraram a primeira opção menos estressante que a segunda em um levantamento realizado pela Intel. Na pesquisa, 87% dos 2.500 participantes afirmaram que ficam mais felizes quando têm o celular nas mãos.
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8. Relaxar
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8/21 (Getty Images)
Usar o smartphone mais vezes durante o horário de trabalho pode ser uma boa forma de relaxar. A descoberta é de Sooyeol Kim, psicólogo da universidade do Kansas. Num estudo com 72 pessoas que trabalham oito horas por dia, ele constatou que aqueles que usavam seus gadgets mais vezes durante o dia terminavam suas jornadas mais satisfeitos.
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9. Sono
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9/21 (Lucy LambriexCollection:Flickr)
Um levantamento realizado pela universidade do Michigan mostrou que usar o smartphone após as 21h compromete o desempenho das pessoas no trabalho no dia seguinte. Para o estudo, 82 executivos e 161 empregados responderam a questionários sobre o tema. A luz liberada pelos gadgets afeta a produção de melatonina, substância química que faz o corpo dormir.
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10. Compras
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10/21 (Getty Images)
Cerca de mil mulheres americanas nascidas entre 1977 e 1994 que já têm filhos participaram de um estudo realizado pela Rede de Pais Meredith. No levantamento, 81% das entrevistadas afirmaram que fazer compras na internet é a principal função de seu smartphone. Além disso, 12% das participantes disseram que levam o gadget até para cama.
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11. Bebês
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11/21 (Getty Images)
Sessenta e cinco famílias participaram de um estudo realizado pelo Centro Médico da Criança Cohen. Durante a pesquisa, 60% dos pais afirmaram que usar smartphone e outros gadgets representava um benefício educativo para seus filhos (que tinham, em média, 11 meses de idade). Entretanto, testes realizados pelos cientistas com as crianças não apontaram grandes diferenças entre aquelas que tinham acesso ao recurso e as outras que não tinham.
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12. Dores
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12/21 (Divulgação/Getty Images)
O uso prolongado de smartphones pode provocar dores. Em um estudo da universidade de Hong Kong com 582 estudantes entre 10 e 15 anos, 161 (ou 30% do grupo) afirmaram em questionários sentirem desconfortos no pescoço, nos ombros e no pulso relacionados ao uso dos gadgets. Em outro levantamento do tipo feito com adultos, essa taxa chegou perto de 70% dos entrevistados.
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13. Vírus
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13/21 (C. Goldsmith / US CDC)
Com menos de 230 gramas, um dispositivo desenvolvido pela
universidade da Califórnia transforma smartphones em microscópios que tiram fotos. Acoplado ao gadget, o aparelho permite que coisas mil vezes mais finas que um cabelo humano sejam fotografadas - como vírus e bactérias, por exemplo.
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14. Colesterol
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14/21 (Universidade de Cornell)
Cientistas da universidade Cornell criaram um acessório que permite ao usuário monitorar seus níveis de colesterol por meio do smartphone. Batizado de smartCARD, o equipamento lembra um leitor de cartões de crédito. Ele usa a câmera do celular e um app para analisar uma gota de sangue, suor ou saliva e informar os níveis de colesterol bom e ruim no organismo.
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15. Câncer
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15/21 (Getty Images)
Uma agulha de 0,7 milímetros de diâmetro, um pequeno aparelho de ressonância e um smartphone compõem um aparelho criado para detecção dê câncer por médicos do Hospital Geral de Massachussets. Em testes realizado com pacientes, o equipamento identificou com sucesso 44 casos da doença num grupo de 50 pacientes com tumores.
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16. Brasil
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16/21 (Getty Images)
Três em cada dez brasileiros têm um smartphone - segundo a Nielsen. Em pesquisa sobre o tema, a empresa verificou que 41% dos donos desse tipo de gadget no país têm entre entre 16 e 24 anos. E que 24% das pessoas pensam no sistema operacional na hora de escolher um smartphone.
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17. Apps
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17/21 (Getty Images)
Facebook (65%), Google (33%), Gmail e Hotmail (empatados com 23%) e YouTube (21%) são os apps mais usados pelos brasileiros. O dado é de uma pesquisa realizada pelo Ibope. Entretanto, no mesmo levantamento, 92% dos entrevistados afirmou que fazer ligações ainda é a tarefa mais realizada em seus smartphones.
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18. Bom dia
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18/21 (Getty Images/Getty Images)
Quatro entre cada cinco americanos entre 18 e 44 anos checa o smartphone até 15 minutos após acordar. A descoberta foi feita pelo IDC após um estudo realizado com 7 mil pessoas. Segundo o IDC, 222,4 milhões de smartphones devem estar em operação só nos Estados Unidos até 2017.
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19. Tempo
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19/21 (Stock Exchange)
A CEA (Associação de Eletrônica de Consumo, em inglês) encomendou um estudo para saber como os americanos gastavam seu tempo nos smartphones. Com mais de 1.000 pessoas entrevistadas, a pesquisa indicou que, da média diária de 114 minutos gastos com o gadget, 23 eram dedicados a ligações, 20 mensagens de texto, 18 a e-mails, 16 a sites e 11 a redes sociais.
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20. Telona
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20/21 (Divulgação)
Cerca de 130 universitários foram submetidos a um teste na
universidade da Pensilvânia. No experimento, eles precisavam visitar um site por meio de smartphones de 3,7 e 5,3 polegadas e, depois, responder um questionário. De acordo com os cientistas, aqueles que usaram o gadget maior se mostraram mais satisfeitos com a experiência do que aqueles que usaram o celular menor.
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21. Agora, que tal saber quais são os apps preferidos dos usuários?
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21/21 (PlaceIt/Reprodução EXAME.com)