Tecnologia

Celular é o eletrônico com menor duração para o brasileiro

De todos os produtos pesquisados (que incluem geladeira, TV e computador, entre outros), o celular foi apontado como o de menor duração


	Celulares: levantamento, realizado com 806 pessoas em nove capitais brasileiras, apontou que 54% dos brasileiros trocam de celular em menos de três anos
 (.)

Celulares: levantamento, realizado com 806 pessoas em nove capitais brasileiras, apontou que 54% dos brasileiros trocam de celular em menos de três anos (.)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 16h38.

São Paulo - Se a evolução tecnológica deixa celulares rapidamente obsoletos, a vida útil dos aparelhos também não ajuda. Essa foi a conclusão de uma pesquisa de opinião do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Market Analysis divulgada nesta terça, 4, sobre as percepções e hábitos do consumidor brasileiro em relação ao uso de aparelhos eletrônicos.

De todos os produtos pesquisados (que incluem geladeira, TV e computador, entre outros), o celular foi apontado como o de menor duração, com ciclo de vida em média de três anos, dificilmente ultrapassando cinco anos.

O levantamento, realizado com 806 pessoas em nove capitais brasileiras, apontou que 54% dos brasileiros trocam de celular em menos de três anos.

A razão para isso, diz o Idec, é, em grande parte, pela "obsolescência programada" – ou seja, quando as empresas deliberadamente fabricam produtos de baixa durabilidade para forçar a troca por versões mais novas. A cada três celulares, um é substituído por falta de funcionamento.

Mas os consumidores também aproveitam defeitos para poder comprar novos celulares. A pesquisa diz que 81% dos entrevistados trocam de handsets sem antes levá-lo à assistência técnica para saber se é possível o conserto.

A entidade lembra que, em 2012, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) divulgou um relatório que mostra que o número de assistências técnicas dos cinco maiores fabricantes de celulares no Brasil era insatisfatório na maioria dos estados, sendo que em 13 não havia sequer um ponto de assistência.

De acordo com o relatório, os piores casos foram registrados nas regiões Norte e Nordeste.

O Idec pesquisou ainda sobre o descarte dos celulares. Segundo o instituto, 1% dos descartes é feito em pontos de coleta específicos. O destino dos aparelhos antigos, na maioria dos casos, é a gaveta: 41% dos entrevistados apenas guardaram o dispositivo. Para 30%, o destino é a doação ou venda do celular; 14% alegam terem perdido ou sido roubados; e 13% apenas jogaram fora.

Efeito psicológico

De maneira geral, em se tratando de todos os produtos pesquisados (incluindo os celulares), as mulheres tendem a trocar mais os equipamentos por mau funcionamento (60%, enquanto a média da população é de 53%).

Por outro lado, os homens tendem a trocar o aparelho por quererem uma versão mais atual (55%, contra 47% da média). Na ótica econômico-social, 66% das classes mais baixas tendem a trocar por problemas de funcionamento, enquanto 59% das classes mais abastadas o fazem pela atualização tecnológica.

O Idec aponta ainda como razão de troca a "obsolescência psicológica", quando o ritmo de novos lançamentos no mercado estimula o consumidor a querer trocar o produto.

Acompanhe tudo sobre:CelularesConsumidoresIndústria eletroeletrônicaSmartphonesTeletimeTendências

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble