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Cashback, sistema que devolve dinheiro ao consumidor, cresce no e-commerce

Promoções do tipo cashback devolvem ao consumidor parte do dinheiro gasto na compra

Cashback (Reprodução Meliuz)

Cashback (Reprodução Meliuz)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 11h31.

Última atualização em 8 de maio de 2019 às 13h20.

Fazer compras online não é nenhuma novidade para o brasileiro. Em 2013, o e-commerce cresceu cerca de 25% e quase 50 milhões de pessoas fizeram transações pela internet, segundo a empresa e-bit. Mas apenas uma parte desse enorme mercado sabe que existe sites onde é possível receber parte do dinheiro gasto de volta. Este modelo é chamado de Cashback (dinheiro de volta) no exterior e já tem algumas empresas que o adotam por aqui.

Neste sistema, o usuário não faz nenhuma compra direto no site das empresas. Ele é redirecionado para a loja que preferir e lá realiza o pagamento. Por levar o cliente à loja, os sites de Cashback recebem uma comissão. Parte dessa comissão é dada de volta ao consumidor, fechando o ciclo.

A Meliuz, que trabalha também com cupons de desconto, começou a operar em 2011 e já tem mil lojas cadastradas e, em parte delas, devolve uma parcela do valor gasto ao usuário. "Começamos com 19 lojas de vendas online", conta Israel Salmen, sócio-fundador da empresa.

A Poup, de 2012, trabalha com mais de 100 lojas e oferece cashback em todas. Além destas, a Cashola e a Maxximo Fidelidade são outros exemplos que fazem parte do setor.

Nenhuma dessa empresas, porém, é pioneira no Brasil. "Quem trouxe o Cashback pra cá foi a Compra3, em 2007", conta Gustavo Gorenstein, fundador da Poup. Na época, o e-commerce não tinha tanta força no país e a startup acabou fechando.

Nos EUA, receber parte do dinheiro de volta após a compra já era uma prática comum nas transações offline. Quem trouxe a ideia para o mundo virtual foi o Ebates, fundado em 1998. Hoje, o site fatura mais de US$ 1 bilhão por ano. Na Inglaterra, o cashback também é bastante difundido, mas, segundo Gorenstein, o mercado é restrito: "Tem mais gente online aqui que a população inteira de lá".

Concorrência ou alianças?

Segundo Salmen, o mais difícil é fazer as pessoas acreditarem na ideia que ele propõe. "Por não ter que colocar nenhum número de cartão ou fazer pagamentos no nosso site, as pessoas acabam usando para ver se é de verdade", diz. "Hoje, temos uma base de clientes muito fieis", completa. O site da Meliuz chega a 500 mil visitantes únicos por mês.

Diante de uma base de cerca de 50 milhões de usuários do e-commerce, Gorenstein não vê motivos para uma concorrência ferrenha entre as empresas do setor. "O que a gente quer é fazer mais gente acreditar no cashback. É melhor crescer junto", afirma. "Juntando todo mundo que usa o cashback no Brasil, estamos nas centenas de milhares. Não vale a pena brigar aqui em baixo. Têm milhões de pessoas para atingir".

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