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Casal fundador de startup usa US$ 4 mi de investidores para bancar casamento e escola dos filhos

Procuradores afirmam que empresa arrecadou US$ 60 milhões, mas US$ 4 milhões foram desviados para gastos pessoais

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 3 de fevereiro de 2025 às 16h02.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2025 às 16h21.

Procuradores federais na Califórnia, nos Estados Unidos, afirmam que um casal responsável por uma startup de inteligência artificial usou US$ 4 milhões investimentos na empresa para comprar uma casa em São Francisco, pagar escola privada e até alugar local do casamento deles. Os procuradores dizem que os dois teriam conspirado para enganar investidores.

Alexander Charles Beckman, fundador e ex-CEO da GameOn, e a advogada da GameOn casada com Beckman, Valerie Lau Beckman foram acusados de conspiração, fraude, roubo de identidade, entre outros crimes. Eles foram presos em 23 de janeiro.

De setembro de 2018 a julho de 2024, a GameOn conseguiu arrecadar US$ 60 milhões de investimento, mas US$ 4 milhões foram usados para gastos pessoais do casal. A startup dizia oferecer um software de chatbot. Seus clientes incluíam ligas e times esportivos profissionais dos Estados Unidos e marcas de luxo e varejo.

Segundo os procuradores, as declarações de Beckman aos investidores consistia em receita não existente, balanços de caixa inflados e relações com clientes falsas ou exageradas. Beckman também teria utilizado o nome e e-mail de, pelo menos, sete pessoas reais, além de falsificado suas assinaturas para distribuir informações falsas. Em nota, a procuradoria não revelou os nomes, mas disse se tratar de dois funcionários de banco, um funcionário de uma grande liga de esportes e o CFO do GameOn.

Beckman também fabricou dois relatórios de auditoria da GameOn com nomes, assinaturas e marcas registradas falsos atribuídos a firmas de contabilidade renomadas.

A esposa de Beckman, Lau, é acusada de ter providenciado ao marido relatórios de auditoria genuínos que ela obteve de uma empresa de capital de risco em que começou a trabalhar em 2021. Os documentos foram utilizados na criação dos relatórios falsos da GameOn.

Em junho de 2024, dizem os procuradores, ela enviou a um banco de São Francisco uma declaração, segundo a qual o balanço da empresa em uma instituição financeira era de US$ 13 milhões, quando o valor real era de US$ 25,93 milhões. A advogada também enfrenta a acusação de ter tentado deletar centenas de arquivos de um funcionário quando uma investigação sobre a companhia estava pendente.

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