Casal: descobertas podem estar relacionadas ao papel dos apoios sociais em influenciar as escolhas dos pacientes de hospitais e auto-cuidado, diz o estudo (DavidsAdventures/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2015 às 17h46.
As pessoas casadas são mais propensas a se recuperar depois de uma cirurgia cardíaca do que aqueles que são divorciadas, separadas ou viúvas - informou nesta quarta-feira uma pesquisa norte-americana.
O estudo, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), foi baseado em dados de mais de 1.500 pessoas.
Dois terços eram casados, 12 por cento eram divorciados ou separados, 21 por cento eram viúvos e dois por cento nunca foram casados.
Indo para a cirurgia, os participantes casados já tendiam a ser mais saudáveis do que os outros participantes.
E após a cirurgia, "o estado civil foi significativamente associado à morte ou a uma nova incapacidade funcional", disse o estudo.
"Os participantes divorciados, separados ou viúvos tinham aproximadamente 40 por cento maiores probabilidades de morrer ou de desenvolver uma nova incapacidade funcional durante os dois primeiros anos após a cirurgia cardíaca em comparação aos participantes casados".
Após a cirurgia, 19 por cento dos participantes casados morreram ou desenvolveram uma nova deficiência, em comparação a 29 por cento das pessoas divorciadas e 34 por cento dos participantes viúvos.
Um em cada cinco dos que nunca haviam se casado ou morreram ou tiveram complicações pós-cirurgia - que os deixaram incapazes de realizar uma atividade diária comum, como se vestir, andar ou comer.
"Essas descobertas estendem trabalhos anteriores que sugeriam vantagens de sobrevivência pós-operatório para pessoas casadas e podem estar relacionados ao papel dos apoios sociais em influenciar as escolhas dos pacientes de hospitais e auto-cuidado", disse o estudo.
As descobertas sugerem "que o estado civil é um preditor de sobrevivência e recuperação funcional após cirurgia cardíaca".