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Canal francês TV5Monde é alvo de ataque cibernético de militantes islâmicos

O governo do presidente francês, François Hollande, classificou os ataques de afronta 'vil e covarde' à liberdade de expressão

Hacker (Getty Images)

Hacker (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 07h54.

Hackers que afirmam ser apoiadores do Estado Islâmico tiraram do ar canais pertencentes à rede de televisão pública francesa TV5Monde e publicaram material em suas mídias sociais para protestar contra a ação militar da França no Iraque.

O governo do presidente francês, François Hollande, classificou os ataques cibernéticos, que começaram no final da quarta-feira, de afronta "vil e covarde" à liberdade de expressão e iniciou uma investigação, prometendo rastrear os responsáveis.

Yves Bigot, diretor-geral da TV5Monde, disse que a invasão fez com que seus 11 canais saíssem do ar temporariamente e também afetou seus sites. O canal transmite noticiários e programas de entretenimento em francês em todo o mundo, e a rede France Televisions, que tem apoio estatal, é dona de 49 por cento da emissora.

A agência de notícias francesa AFP relatou que os hackers publicaram documentos na página do Facebook da TV5Monde que afirmaram serem as identidades de parentes de soldados franceses envolvidos em operações anti-Estado Islâmico, e ameaças contra as tropas.

A página do Facebook voltou a funcionar nesta quinta-feira, mas o site principal da emissora continuava fora do ar.

O Ministério das Relações Exteriores francês confirmou que o ataque foi reivindicado por indivíduos que dizem apoiar o Estado Islâmico. Os ministros franceses das Relações Exteriores, do Interior e da Cultura visitaram os escritórios do canal em Paris e prometeram identificar os perpetradores.

"Estamos diante de terroristas determinados, e nós estamos determinados a combatê-los", declarou o titular do Interior, Bernard Cazeneuve, acrescentando que as medidas de cibersegurança serão reforçadas.

Uma fonte judicial disse que uma investigação preliminar foi iniciada. A ministra da Cultura, Fleur Pellerin, pediu uma reunião com os diretores das grandes emissoras para avaliar pontos fracos e a melhor maneira de lidar com eles.

A França é parte de uma coalizão internacional que realiza ataques contra insurgentes do Estado Islâmico no Iraque, e seu porta-aviões Charles de Gaulle se juntou às operações no local em fevereiro.

(Por Chine Labbe, Benoit Van Overstraeten e Leila Abboud)

 

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