Tecnologia

Cabo submarino conectará hospitais e escolas da África com banda larga

Iniciativa deve beneficiar mais de 600 mil instituições em 20 países da costa africana

O projeto permitirá a integração da rede de escolas e hospitas da região (Ante Vekic/Stock;Xchng)

O projeto permitirá a integração da rede de escolas e hospitas da região (Ante Vekic/Stock;Xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 14h10.

Adeje, Espanha - Com o lançamento em 2012 de um cabo submarino de telecomunicações, que fará escala na ilha espanhola de Tenerife e que ligará toda a costa oeste da África através de 20 países, escolas e hospitais do continente terão banda larga e poderão se conectar com o mundo.

O presidente da divisão filantrópica da empresa americana Baharicom, Robert Henderson, anunciou o projeto na Conferência Internacional de Alianças Comerciais com a África, que começou nesta quarta-feira em Tenerife.

Henderson explicou que, com a liberalização das telecomunicações nesses países, a banda larga ficará mais barata e escolas e hospitais poderão compartilhar seus conhecimentos.

O executivo explicou que a União Africana tem um projeto de "e-escolas", que consiste em conectar 600 mil colégios via internet.

O setor da saúde também se beneficiará do desenvolvimento das redes submarinas de fibra óptica, que pretendem fornecer conectividade interna e externa aos países africanos, acrescentou o presidente de "África Coast to Europe Consortium" (ACE), Lamin Camara.

A ideia, segundo Camara, é que haja interconexão entre as diferentes escolas e, inclusive, que os professores possam enviar seu curriculum de forma eletrônica e que os centros compartilhem conteúdos letivos.

Na sua opinião, a penetração terrestre dos cabos submarinos, através de repetidores implantados no território, "preencherão esta lacuna" e esta aspiração para, por exemplo, a construção de 3 mil novas escolas secundárias na Tanzânia.

De acordo com sua opinião, o objetivo dos cabos submarinos é proporcionar conectividade internacional, aumentar o serviço de banda larga e que este seja o motor do crescimento social, educacional e de negócios.

O cabo de fibra óptica da ACE passará por França, Portugal, Espanha, Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Guiné Equatorial, Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim, Gana, Benin, Nigéria, Camarões, Gabão, Congo, Angola, a Namíbia e África do Sul.

Tenerife será o ponto do território espanhol no qual a nova infraestrutura de telecomunicações fará escala, que terá uma longitude total de 18 mil quilômetros.

O projeto, que custou US$ 700 milhões, permitirá que a África se conecte ao mundo de forma mais barata, já que dá passo à livre concorrência de operadores, acrescentou.

À Conferência Internacional de Alianças Comerciais com a África, que começou nesta quarta-feira em Tenerife, reúne 300 empresas americanas, africanas e espanholas.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaBanda largaInclusão digitalInternet

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble