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Brasileiro nunca testou tantos serviços de compras, diz Google

Em live do exame.talks, Google, Comscore e Decode ressaltam mudanças de hábitos de consumo durante a quarentena do novo coronavírus

 (YouTube/Reprodução)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 19 de maio de 2020 às 12h47.

Última atualização em 19 de maio de 2020 às 14h50.

Na visão do Google, o brasileiro passou a testar mais serviços de compras do que nunca durante a quarentena do novo coronavírus. A declaração foi dada por Gleidys Salvanha, diretora de negócios para varejo do Google Brasil, em uma live do exame.talks, mediada pelo editor de exame. Filipe Serrano. Participaram do debate sobre audiência digital e busca por informação na pandemia Eduardo Carneiro, diretor-geral da Comscore Brasil e Renato Dolci, presidente da Decode.

“O brasileiro nunca testou tantos serviços de compras quanto agora no período da quarentena. Serviços de delivery de todo tipo cresceram e também aumentaram as vendas no formato compre e retire. Agora, vemos uma retomada da compra de eletrônicos”, disse Salvanha. "O que vemos hoje são hábitos que construirão o futuro."

Para Dolci, da Decode, isso é um reflexo das pessoas se adequando à nova realidade. “A vida acontece no home office também. Temos que cortar o cabelo, cozinhar, fazer exercícios ou comprar remédios. Precisamos nos adaptar”, afirmou. “O setor de farmácias cresce muito durante a pandemia e também o setor de eletrodomésticos, porque as pessoas estão cozinhando mais.”

Já a audiência online cresceu na quarentena como consequência do aumento de buscas sobre temas variados, muitos deles referentes a temas da pandemia. “A audiência cresce como consequência do crescimento das buscas. No começo da quarentena, as pesquisas sobre saúde e coronavírus eram muito fortes. Não só aumentou a busca de conteúdo em categorias sobre casa, também aumentou o tempo que as pessoas gastam neles. Observamos um forte crescimento de serviços públicos na internet, como o site da Caixa, e em sites de busca de empregos”, declarou Carneiro, da Comscore.

Com o passar do tempo, as pesquisas mudaram e se voltaram mais ao bem-estar, segundo Salvanha.” Após a onda de home office, agora vemos um crescimento mais forte de categorias de bem-estar. O cuidado não é só sobre beleza, mas sobre saúde. O exercício físico virou importante para o bem-estar, mesmo que seja menos o crossfit e mais o bem-estar. A grande transformação de hábitos está acontecendo dentro de casa. A busca por dieta, por exemplo, diminuiu e aumentou a procura por alimentos que reforcem a imunidade”, afirmou.

Dolci, da Decode, conta que aumentaram muito as pesquisas relacionadas a adoção de comércio eletrônico e transformação digital. "Cresceu muito a procura, por exemplo, sobre como vender comida no iFood", disse.

Fadiga do coronavírus

Após uma euforia por informação sobre o novo coronavírus e como se adaptar ao novo cenário da quarentena, o público diminuiu o ritmo de consumo de notícias e conteúdos sobre o vírus.

“A busca por informações caiu pela metade desde o começo da pandemia até agora”, afirmou Salvanha, referindo-se a um dado de uma pesquisa da MindMiners.

O Google reforça que a busca por notícias segue num patamar mais alto que o normal. 

As buscas por busca por notícias no Google atingiram o nível mais alto desde 2004 (início da medição do Google Trends) no dia 22 de março. Ao observar a quebra semanal dos dados de busca, nota-se que o crescimento passa a ocorrer a partir da primeira semana de março. Na sequência, a busca se estabiliza, mas segue acima da média.

Mudanças ficarão

Para o Google, a mudança de mentalidade de empresas que tiveram que evoluir 20 anos em dois meses vai permanecer. “A mudança da mentalidade era o mais difícil, os paradigmas mudaram e sairemos da crise bem diferentes”, disse Salvanha.

Veja o vídeo na íntegra a seguir.

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