São Paulo – A expectativa de 38% dos brasileiros é que as cidades tenham carros que se dirijam sozinhos em 10 anos ou menos. Viver em uma cidade assim, sem motoristas humanos, é uma vontade de 62% dos brasileiros.
A ideia é que com isso aconteçam menos acidentes de trânsito, que o congestionamento diminua e que a emissão de carbono também caia.
As informações acima foram extraídas de uma pesquisa realizada em uma parceria entre a Intel e a Penn Schoen Berland, uma empresa de pesquisas de mercado. Ela foi realizada no meio do ano passado e seu resultado divulgado agora.
De maneira geral, os brasileiros se mostraram bem abertos às tecnologias do futuro. Oito em cada dez responderam que enxergam os drones auxiliando no funcionamento da sociedade. Entre os entrevistados, 84% acreditam que eles podem auxiliar em questões de segurança pública e 83% veem os drones auxiliando no combate a incêndios.
Apesar de toda a abertura à tecnologia, 37% ainda demonstram alguma preocupação com a privacidade quando questionados sobre a coleta de dados anônimos. Por outro lado 35% acreditam que fornecendo dados anônimos à cidade, alguns serviços públicos podem ser mais inteligentes, o que aumentaria a qualidade de vida.
A pesquisa foi realizada simultaneamente em oito países diferentes. Além do Brasil, participaram China, Índia, Indonésia, Itália, Japão e Estados Unidos. Foram 12.000 pessoas entrevistadas.
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1. Ficção ou realidade?
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1/11 (Steve Bonini/Getty Images)
São Paulo - Quando o assunto é
tecnologia, realidade e
ficção sempre foram duas esferas muito parecidas. Enquanto escritores, diretores de
cinema e outros artistas se esforçavam para pensar novos recursos tecnológicos para seus personagens, cientistas faziam o mesmo pelas pessoas em seus laboratórios. O resultado inevitável é que muito do que era de mentirinha hoje já é realidade. A seguir, veja alguns casos desse tipo.
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2. Capa de invisibilidade (Harry Potter)
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2/11 (Divulgação)
A capa de invisibilidade era um dos itens usados por Harry Potter em suas aventuras. Na vida real, a Hyperstealth desenvolveu algo parecido. "O Quantum Stealth é um material que torna o alvo completamente invisível, dobrando as ondas de luz ao seu redor", afirma a empresa em
texto sobre a invenção. Criado para finalidades militares, o Quantum Stealth remove assinaturas visuais, térmicas e infravermelhas. Aprovado pelos exércitos americano e canadense, o material funciona sem a ajuda de espelho ou câmeras.
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3. Franck (O Homem Biônico)
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3/11 (Joshua Roberts/Reuters)
Nos anos 1970, a série O Homem Biônico foi sucesso no Brasil. Quarenta anos depois, a empresa londrina Shadow Robot apresentou no Instituto Smithsonian de Washington
Franck, uma máquina que anda, fala e respira feito gente. Franck tem 1,83 de altura, 77 quilos e custou 1 milhão de dólares. Ele é fruto da reunião de 28 partes artificiais do corpo humano produzidas por diferentes empresas da área. Por meio de câmeras, ele "enxerga" e aparelhos permitem sua audição. Um coração de mentira bombeia o sangue. Porém, Franck não é ainda um homem completo. Faltam-lhe um cérebro e um fígado - além de um estômago, o que o impede de comer. Por último, mais uma curiosidade: Franck foi programado para se comportar como um menino ucraniano de 13 anos. Logo, seus próprios criadores advertem que ele pode não ser a "pessoa" mais agradável para se conversar.
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4. Óculos inteligentes (De volta pro futuro 2)
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4/11 (Wikimedia Commons)
Em várias cenas de "De volta para o Futuro 2", Marty McFly e outros personagens da trama surgem na tela com enormes óculos cheios de circuitos eletrônicos à mostra. O filme foi lançado em 1989 e 25 anos depois, a surpresa: quase estamos usando coisas parecidas com aquelas. Ainda em 2013, o Google lançou em fase de testes o Google Glass. O gadget permite a quem o veste acessar várias informações com o auxílio das
mãos, dos olhos e de outras formas. A frase
"Ok, Glass", que ativa os comandos de voz do aparelho, já virou um clássico da internet. Além do Google, outras empresas têm se dedicado a criar gadgets parecidos -
como a Samsung. Mais do que óculos, há uma tendência na indústria da tecnologia voltada para o desenvolvimento dos wearables ou "gadgets para vestir", em tradução livre.
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5. Robôs Domésticos (Os Jetsons)
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5/11 (Reprodução)
Na década de 1960, os brasileiros conheceram Rosie, a simpática e atrapalhada empregada doméstica eletrônica dos Jetsons. Cinquenta anos depois, ela parece cada vez mais perto da realidade - graças aos avanços da tecnologia. No fim do ano passado, uma exposição em Tóquio mostrou as novidades no setor. Na ocasião, a empresa Doog apresentou pequenos robôs com rodinhas capazes de carregar compras. Além deles, a empresa ainda criou uma espécie cozinheiro automático - inteligente o suficiente para separar o lixo ao fim de seu trabalho. Entre outras atrações, a feira contava ainda com um robô capaz de recolher peças de dominó numa esteira móvel e depois ordená-las dentro de uma caixa em alta velocidade - algo que seria enlouquecedor para qualquer humano. Os dados são de
INFO.
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6. Repelente de tubarões (Batman)
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6/11 (Divulgação)
Quando pensamos em ficção científica, Batman não é o primeiro personagem a vir à cabeça. Mas até o cavaleiro das trevas já antecipou tendências em suas aventuras. Um exemplo é um improvável repelente de tubarões - usado pelo herói num filme de 1966. Em 2012, mais de 45 anos depois, a
BBC noticiava que a traquitana usada por Batman havia sido enfim desenvolvida por um químico americano. Numa viagem à Bermudas com a mulher em 2004, Eric Stroud ficou incomodado com as várias notícias de ataque de tubarões. De volta a Nova Jersey, o cientista começou a trabalhar em formas de combater o problema e descobriu que imãs repeliam os animais. A descoberta pode ajudar a preservar espécies de tubarão que estão em extinção e terminam sendo mortas por pescadores por acidente.
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7. Memória eterna (A Máquina do Tempo)
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7/11 (Shizhao/Wikimedia)
A "Máquina do Tempo" é um romance de ficção científica lançado em 1895. Ele foi escrito pelo senhor da foto ao lado, o escritor britânico de H.G.Wells. Em 2002, uma adaptação da história para o cinema incluiu na trama um holograma capaz de arquivar dados por até 800 mil anos. Parece até coisa de cinema, mas pasmem: não é. Há dois anos, a Hitachi anunciou um método de arquivamento de dados em quartzo resistente a altas temperaturas. Segundo a empresa, o suporte seria capaz de resistir a tudo (inclusive ao tempo) - conforme informou à época o site
Phys.org.
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8. Replicador (Jornada nas Estrelas)
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8/11 (Divulgação)
Milhares de nerds ao redor do mundo têm um carinho especial por "Jornada nas estrelas", série de TV lançada nos EUA em 1966. Entre outras máquinas futuristas, capitão Spock e companhia contavam com um replicador. Muita gente deve ter se lembrado dele quando viu uma impressora 3D pela primeira vez - inclusive o engenheiros da Nasa. Isso porque a agência espacial americana planeja enviar neste ano uma máquina do tipo para a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) - segundo o jornal inglês
The Telegraph. O objetivo é ter no local um aparelho que possa refazer peças danificadas da nave. Igualzinho acontecia na série de TV. É a vida imitando a arte.
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9. Celular com leitor de digitais (007)
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9/11 (Reprodução)
O espião britânico James Bond sempre foi sinônimo de vanguarda em termos de gadget no mundo do cinema. Em 1997, quando quase ninguém podia prever a popularização de celulares, ele já contava com um aparelho que escaneava impressões digitais. Quem duvida pode assistir "007 - O Amanhã nunca morre", filme da série lançado naquele ano. Hoje, 17 anos depois, há rumores de que o
iPhone 5S, próxima versão do smartphone topo de linha da Apple, possa contar com o recurso. Nada confirmado ainda. Porém, tudo já velho demais para 007.
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10. Teletransporte (A mosca)
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10/11 (Dreamstime.com)
O teletransporte é uma ficção presente em várias obras - como o filme A Mosca, de 1958. Quando se fala no assunto, sempre se pensa em transporte de pessoas. Entretanto, qualquer transmissão de matéria entre um ponto e o outro sem deslocamento no espaço é teletransporte – conforme informa o
MIT Technology Review. A definição consta em texto publicado na última semana pela publicação. Nele, o assunto é uma experiência bem-sucedida de teletransporte de dados realizada pela equipe do cientista suíço Felix Bussières, da Universidade de Genebra. O experimento de Bussières visa atender às demandas da próxima geração da internet, na qual a troca de informações não dependerá de fios e cabos como hoje.
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11. Agora, veja como o presente seria antigamente
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11/11 (Bilby / Wikimedia Commons)