aquecimento global (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2015 às 07h26.
O brasileiro está preocupado com as mudanças climáticas e acredita que o governo tem feito muito pouco para enfrentar o problema. É o que mostra uma pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Observatório do Clima e pelo Greenpeace Brasil, para medir o conhecimento e preocupação da população brasileira com as mudanças climáticas e o grau de informação sobre a microgeração de energia solar, aquela que é colocada nos telhados das casas.
Segundo a pesquisa, 91% dos entrevistados acreditam que as mudanças climáticas são causa de muita preocupação com o futuro do planeta e 95% acham que elas já estão afetando o Brasil. Nove em cada dez entrevistados apontaram que as crises na água e na energia têm relação com as mudanças do clima, sendo que, para 74% desse total, há muita relação entre a falta de água e de luz e as alterações no clima.
Para grande parte dos entrevistados (84% do total), o governo não faz nada, ou muito pouco, para enfrentar o problema. Entre as soluções apontadas, estão a redução do desmatamento (86% concordaram com essa afirmação), investimento em energias renováveis (83% do total) e melhorias no transporte coletivo (81%).
Os entrevistados também foram indagados sobre os causadores das mudanças climáticas e a maioria deles apontou que o desmatamento (95% do total) contribui para o problema. Eles também apontaram a queima do petróleo (93% apontaram este problema), as atividades industriais (92%) e a queima do carvão mineral (90%) como causadores das mudanças climáticas.
A pesquisa mostrou ainda que 62% dos entrevistados estão dispostos a instalar um sistema de microgeração de energia solar em casa. Diante da hipótese de ter acesso a uma linha de crédito com juros baixos e a possibilidade de vender o excesso de energia para a rede elétrica, o percentual de interessados subiu para 71%.
Para a pesquisa, foram ouvidas 2,1 mil pessoas com mais de 16 anos e que vivem em 143 municípios de pequeno, médio e grande porte em todo o país. As entrevistas foram realizadas entre os dias 11 e 13 de março. A margem de erro do estudo é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.