Apps: em geral, os gastos com conteúdo digital em plataformas móveis no mercado brasileiro ficaram entre as maiores médias (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 17h11.
São Paulo - Segundo pesquisa do fórum global MEF, o Brasil até cresceu menos em consumo de conteúdo através de dispositivos móveis em 2013, mas ainda é líder isolado no hábito de baixar aplicativos.
O levantamento, feito com dez mil consumidores em 13 países e executado em parceria com a On Device Research, exibiu ainda padrões de comportamento que mostram o crescimento desse mercado na África.
De acordo com o MEF, nos últimos seis meses, 75% dos usuários brasileiros utilizaram o celular para baixar um aplicativo gratuito, contra 67% na média da América Latina.
Da mesma forma, 69% usaram o dispositivo para baixar conteúdo móvel, como jogos (média latino-americana foi de 62%); 21% para acessar promoções na Internet ou via SMS; 11% para usar pontos ou créditos de jogos; 5% para reservas em restaurantes ou aquisição de ingressos; e 5% para acessar um ambiente ou para fazer check-in de passagens em viagens.
De acordo com o levantamento, os percentuais de downloads de apps e conteúdo móvel do Brasil são maiores do que os de todos os países pesquisados pelo MEF, incluindo os da África.
Em geral, os gastos com conteúdo digital em plataformas móveis no mercado brasileiro ficaram entre as maiores médias, na quarta posição (atrás de Quênia, México e Nigéria). No Brasil, mais de 30% gastaram acima de US$ 150 com mídia móvel em 2013, e mais de 45% estão dispostos a gastar mais do que isso no futuro.
Mas o aumento de consumo de conteúdo móvel em 2013 foi maior mesmo em países africanos, segundo revelou a pesquisa. No Quênia e na África do Sul, o crescimento foi de 97% e 94%, respectivamente. No Brasil, esse aumento foi de 71%, atrás de México (77%), Índia (79%), China (87%) e Estados Unidos (90%), entre outros.
Compras de outros produtos
Segundo a MEF, os smartphones levaram à compra de produtos não-digitais (como roupas, eletrodomésticos ou qualquer produto físico), com mercados emergentes ainda com força em compras por download.
Nos feature phones, os produtos digitais foram 47% das transações feitas nos aparelhos, enquanto os produtos físicos ou perecíveis foram 15%. Em smartphones, esses percentuais ficam mais próximos: 39% para produtos digitais e 31% para produtos físicos ou perecíveis.
No Brasil, a taxa de produtos digitais nas compras feitas com dispositivos móveis foi de 32%. Novamente, o país de destaque foi o Quênia, com 60% de downloads.